21/11/2013

Dilma reitera prioridade de governar

Por Maria Carolina Marcello
Brasília - Depois de receber o apoio formal do PSD nesta quarta-feira à sua provável candidatura à reeleição, a presidente Dilma Rousseff agradeceu e afirmou que seu foco é governar o país nos 13 meses restantes de mandato.
O PSD, que já ocupa a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, anunciou o apoio a Dilma nas eleições de outubro de 2014 no encerramento da reunião da Executiva Nacional do partido nesta quarta-feira, que teve participação da presidente.
"Eu tenho uma obrigação. Eu tenho de governar. Eu tenho de gerir o país para além de qualquer fato", disse Dilma a integrantes da Executiva da sigla.
"Mas eu fico muito grata (pelo apoio). Primeiro, pelo apoio aos 13 meses, que esse é o sentido da pré-campanha nossa. Fico muito grata também ao fato que vocês tenham dito que esses 13 meses têm de continuar", disse.
O presidente do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, afirmou que o apoio foi discutido "por todo o país" e definido com "convicção".
"Acreditamos que o melhor para o Brasil é a continuidade do governo Dilma Rousseff", disse Kassab na reunião, na qual também estavam presentes o presidente do PT, Rui Falcão, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Dilma relatou na reunião as conquistas do governo e da gestão de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em programas federais, na geração de empregos formais e na realização de leilões na área de infraestrutura, completando que "ninguém pode fazer uma obra individual", em referência aos partidos que a apoiam.
Responsabilidade fiscal
Dilma também se disse "muito contente" com a decisão de partidos da base aliada de firmar, na noite de terça-feira, um pacto pela responsabilidade fiscal, comprometendo-se a bloquear no Congresso qualquer projeto que tenha impacto negativo nas contas públicas.
"Por esse pacto, nós mantemos nossos investimentos, os investimentos em infraestrutura, os programas sociais. O que nós pactuamos é que nós não faremos através de apoio no Congresso a medidas que gerem despesa ou reduzam receita neste momento pelo qual o país passa", disse Dilma.
"Isso é uma condição para a estabilidade fiscal", completou.
O governo tem articulado com sua base para evitar a aprovação de projetos que, nas contas do Executivo, podem ter impacto anual de 60 bilhões de reais. Entre esses projetos está o que estabelece um piso salarial para os agentes comunitários de saúde.
O governo vem tendo dificuldades para atingir suas metas fiscais neste ano e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que a meta de superávit primário pode ficar abaixo dos 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) prometidos para o ano.
Reuters

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