Cidade do Vaticano (RV) – Durante seu primeiro ano de Pontificado, Francisco se reuniu com vários presidentes latino-americanos, transmitindo a seus povos mensagens de paz e diálogo entre culturas.
A audiência com a Presidente Cristina Kirchner foi a primeira do Papa com um Chefe de Estado, no dia do início do Pontificado, 19 de março. Começaram falando da questão das Malvinas – conflito entre Grã-Bretanha e Argentina pela posse destas ilhas – e terminaram almoçando juntos na Casa Santa Marta. No dia 28 de julho, houve um segundo encontro, no Rio de Janeiro, quando a mandatária argentina presenciou a JMJ.
No dia seguinte, o Papa recebeu a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. O diálogo verteu sobre o combate à pobreza, as drogas e a Jornada Mundial da Juventude. Neste encontro, Francisco se solidarizou com o povo brasileiro pela tragédia ocorrida em janeiro de 2013, quando 241 jovens morreram no incêndio de uma discoteca, em Santa Maria, RS.
Um mês depois, em 20 de abril, Francisco se reuniu com o Presidente Rafael Correa, do Equador. No encontro foram abordados aspectos da situação na América Latina, o respeito dos povos indígenas, de sua cultura e proteção, e sobre a importância de um diálogo permanente entre a Igreja e o Estado; a centralidade da justiça social e o valor da solidariedade.
No dia 13 de maio, foi a vez do Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, visitar o Pontífice. E o tema foi o processo de paz com a guerrilha das FARC (forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e de modo específico, como a Igreja está contribuindo na construção da paz naquele país. Naquele mesmo dia, a religiosa colombiana Laura Montoya foi proclamada santa, a primeira da Colômbia, na Cidade do Vaticano.
Dez dias mais tarde, em 23 de maio, o Papa se reuniu com o Presidente de El Salvador, Mauricio Funes. Juntos, analisaram o processo de beatificação do arcebispo salvadorenho Oscar Romero, assassinado por paramilitares em 1980 e considerado “a voz dos sem voz” por denunciar as injustiças sociais em seu país; e a política nacional do governo de Funes de promover uma trégua entre as quadrilhas criminosas.
No dia 1º de junho, Francisco recebeu o Presidente uruguaio José Mujica: foi o primeiro encontro dos dois mandatários, pois Mujica não pôde participar da missa de início de pontificado do Papa, em 19 de março de 2013.
No dia 9 de junho, o Bispo de Roma se reuniu com o Presidente Evo Morales, da Bolícia. A audiência foi qualificada por diversas fontes como "histórica" e "excepcional" por ter-se tratado do primeiro encontro entre o primeiro Presidente indígena da Bolívia e o primeiro Papa latino-americano.
Ainda em junho, no dia 17, Papa Francisco recebeu o Presidente venezuelano Nicolás Maduro, que agradeceu o Pontífice “por tudo o que está fazendo” e abrangeram, entre outros temas, a situação política e social depois da morte de Hugo Chávez, ocorrida em 5 de março. Os dois discutiram sobre a pobreza, a luta à criminalidade e o narcotráfico e o processo de paz na Colômbia.
No dia 20 de setembro chegou ao Vaticano o Presidente de Honduras, Porfirio Lobo. A conversa abrangeu a defesa da vida e da família, a promoção da reconciliação e do bem-comum.
Em 8 de novembro, a Presidente de Costa Rica, Laura Chinchilla, foi recebida com as palavras “Está em sua casa”. A Presidente retribuiu a gentileza convidando o Pontífice a visitar seu país, e lhe deu de presente uma estola realizada a mão por mulheres indígenas costarriquenhas.
O último Presidente latino-americano a ser recebido, em ordem de tempo, foi o Presidente do Paraguai, Horacio Manuel Cartes Jara, no dia 25 de novembro. No diálogo entre os dois, foram analisadas a luta à pobreza e à corrupção, a promoção do desenvolvimento integral da pessoa humana, o respeito pelos direitos humanos e a contribuição da Igreja na sociedade, assim como a colaboração em campo internacional do Paraguai com a Santa Sé.
(CM)
Rádio Vaticano
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