31/01/2014

Mais de 45 mil arriscaram a vida no Mediterrâneo


Com exceção do ano de 2011, em que se verificou a crise na Líbia, 2013 registou o número mais alto dos últimos cinco anos, de migrantes ilegais em trânsito marítimo para a Europa. Um relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) concluiu que mais de 42 mil desembarcaram em Itália e perto de três mil chegaram à costa de Malta. Entre os que pisaram solo italiano, mais de cinco mil eram menores não acompanhados. 

«Este ano [2013] a migração na costa sul da Itália reflete um aumento do número de pessoas que foge da guerra e dos regimes opressivos», afirmou José Ángel Oropeza, diretor do gabinete de coordenação da OIM para o Mediterrâneo, sublinhando que a maioria dos migrantes eram originários da Síria, Eritreia e Somália. Os desembarques têm continuado este ano e o grande problema é que muitos dos migrantes não chegam a atingir a costa. Nos últimos 20 anos estima-se que mais de 20 mil pessoas morreram quando procuravam chegar à Europa. 

«A verdadeira emergência no Mediterrâneo é que os migrantes continuam a perder a vida no mar. Estamos habituados a ver como estatísticas as pessoas que fogem da guerra, da perseguição, da pobreza e da fome, mas é urgente que encontremos forma de impedir que continuem a morrer quando o único objetivo que perseguem é alcançar uma vida melhor. Devemos procurar uma migração segura para estas pessoas tenham alternativas reais», reforçou o responsável da OIM.


Fátima Missionária

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