A violência e o derramamento de sangue ou devastadores desastres naturais levaram à expulsão e fuga de milhões de pessoas. «2013 foi um verdadeiro teste ao sistema humanitário global e não há nenhuma indicação de que 2014 venha a ser diferente», sublinhou a coordenadora da Ajuda de Emergência das Nações Unidas, Valerie Amos.
«É claro que as Nações Unidas e os seus parceiros serão mais do que nunca necessários», afirmou Valerie Amos, notando que há pouco mais de duas semanas, a organização lançou o seu maior apelo de sempre para financiamento – cerca de 13 mil milhões de dólares (9,47 mil milhões de euros) – para chegar a milhões de pessoas que necessitam de ajuda de emergência em 2014. Metade desse pedido destina-se às pessoas afetadas pelo agravamento da crise na Síria.
O ano que agora terminou ficou marcado pelos grandes esforços da comunidade internacional em aliviar o sofrimento da guerra que devastou a Síria e do violento tufão que atingiu as Filipinas. O novo ano iniciou-se com a luta sectária na República Centro-Africana e no Sudão do Sul.
Tragicamente, a luta intercomunal estilhaçou o mais jovem país do mundo – o Sudão do Sul – e a violência sangrenta espalhou-se por toda a República Centro-Africana, onde uma crise preocupante se junta a um cenário de extrema pobreza e a um Estado em colapso. «A capacidade de resposta coletiva do mundo e os recursos estão a ser esticados até ao limite», sublinhou Amos, apontando que serão necessários mais recursos para atender às necessidades emergentes.
Fátima Missionária
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