11/02/2014

Aumento de detenções 'arbitrárias' em Cuba preocupa os EUA

Washington (AFP) - O governo americano manifestou nesta segunda-feira sua "preocupação" com o "recente aumento de detenções arbitrárias" em Cuba, depois da prisão de um dissidente na semana passada, de acordo com a porta-voz adjunta do Departamento de Estado.

"Estamos profundamente preocupados com o recente aumento de detenções arbitrárias, violência física e outros abusos praticados pelo governo cubano contra ativistas de direitos humanos e civis", disse a porta-voz Marie Harf em um comunicado à imprensa.

O pronunciamento foi feito após as detenções, por algumas horas, na quinta-feira passada, de Jorge Luiz Jorge Luis García Pérez "Antúnez", um dos dirigentes da dissidência cubana, de sua mulher e de outros ativistas.

Essas detenções "foram apenas os últimos exemplos da perseguição do governo cubano contra seus críticos", afirmou Harf.

Washington denunciou Havana por usar esses métodos, às vezes violentos, "para silenciar os críticos, acabar com manifestações pacíficas e intimidar a sociedade civil independente", e pediu que Cuba abandone essas práticas, acrescentou a porta-voz.

Cuba é a "discórdia nas Américas com sua falta de respeito" aos direitos à liberdade de expressão e de manifestação, disse Harf.

A ilha caribenha, presidida desde 1959 por Fidel Castro e desde 2006 por seu irmão Raúl, está submetida desde o início da década de 1960 a um embargo por parte dos Estados Unidos, país com o qual mantém tensas relações diplomáticas.

O presidente americano, Barack Obama, e Raúl Castro protagonizaram um inédito aperto de mãos no funeral do líder sul-africano Nelson Mandela, em dezembro passado. Não houve sinais de melhora nas relações bilaterais desde então, embora as partes tenham estabelecido diálogos temáticos nas áreas de migração e serviço de correios.
AFP

Nenhum comentário :

Postar um comentário