A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a batalha global contra o câncer não será vencida apenas com tratamentos. Segundo a OMS, são necessárias medidas de prevenção eficazes urgentes para evitar uma crise da doença.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, que faz parte da OMS, lançou na última segunda-feira, dia 3, o Relatório Mundial do Câncer 2014, que contou com a colaboração de 250 cientistas de mais de 40 países.
O documento ressalta que deve ser reduzido o contato das pessoas com produtos cancerígenos conhecidos, como o cigarro e a bebida alcoólica. O uso de álcool e de tabaco, alimentação inadequada e falta de atividade física estão entre os principais fatores de risco em todo o mundo. É necessário combater os tipos de câncer causados pela exposição ambiental como é o caso da poluição do ar e no ambiente de trabalho.
Em 2012, foram registrados 14 milhões de novos casos de câncer no mundo. A OMS calcula que esse número deve subir para 22 milhões nas próximas duas décadas. Os casos mais comuns diagnosticados foram o câncer dos pulmões, seguido dos cânceres de mama e do intestino. Já em relação às mortes, o tipo mais letal da doença foi o câncer dos pulmões, seguido dos cânceres de fígado e estômago.
O relatório da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer mostra ainda que como consequência do envelhecimento da população, os países em desenvolvimento acabaram sendo mais atingidos pelo avanço da doença.
Mais de 60% dos casos de câncer ocorrem na África, na Ásia e nas Américas Central e do Sul. Essas regiões são responsáveis também por 70% das mortes. A situação piora pela falta de detecção precoce da doença ou falta de acesso aos tratamentos.
O relatório afirma que o acesso eficaz e acessível aos tratamentos nos países em desenvolvimento, incluindo para crianças, reduzirá de forma significativa a mortalidade.
O documento cita a Convenção sobre o Controle do Tabaco, que teve o apoio da OMS. O tratado internacional tem sido crucial para reduzir o consumo de produtos derivados do tabaco através de altos impostos e a proibição de propagandas, entre outras medidas.
Nós conversamos sobre a questão do câncer com a epidemiologista clínica Dra. Miriam Sommer de Porto Alegre (RS) que atualmente mora e trabalha em Haia, na Holanda. Ela dá um alerta para o fumo passivo que é também prejudicial. (MJ/Rádio ONU)
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/02/04/dia_mundial_de_luta_contra_o_c%C3%A2ncer:_o_fumo_passivo_%C3%A9_tamb%C3%A9m/bra-770050
do site da Rádio Vaticano
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