01/05/2014

A lenda de Senna continua deixando sua marca na F1

Vinte anos depois de sua morte, os fãs de automobilismo continuam reverenciado o piloto.
Ayrton Senna comemora vitória no Grand Prix de Interlagos, em 1993.
Paris (AFP) - No dia 1º de maio de 1994, Ayrton Senna morreu ao volante de um carro de Fórmula 1, no circuito de Imola. Vinte anos depois, os fãs de automobilismo continuam reverenciado o piloto talentoso que virou ícone do esporte mundial.
O brasileiro, tricampeão mundial de F1, sofreu um acidente fatal na curva Tamborello. Sua Williams-Renault bateu contra o muro e o capacete amarelo do piloto ficou de lado, imóvel, durante longos segundos.
Vinte anos depois do drama, a emoção está à altura da lenda deste homem fora de série, do seu talento na pista e da sua determinação implacável. O nome dele era Ayrton Senna da Silva, nascido em 21 março de 1960 em São Paulo.
É difícil resumir a vida de um campeão com estatísticas, mas o fato é que o brasileiro teve números impressionantes na sua carreira.
Em 161 Grande Prêmios disputados de 1984 a 1994, conquistou 65 pole positions, 41 vitórias, subiu 80 vezes ao pódio e completou cerca de 3.000 voltas na liderança, além de ter se sagrado três vezes campeão mundial, em 1988, 1990 e 1991.
Em dez anos na F1, despontou logo no início da sua carreira, com as escuderias Toleman e Lotus e chegou ao auge na McLaren, onde protagonizou uma rivalidade acirrada com o francês Alain Prost.
Houve corridas eletrizantes, vitórias heroicas, decepções, insultos... Todos os ingredientes para uma carreira que entrou para a história.
Fim de semana trágico em Imola
A trajetória de Senna começou a tomar contornos mais tumultuados com a decisão de trocar a McLaren pela Williams em 1994.
Ayrton continuava voando nos treinos classificatórios, conquistando três pole positions nos três primeiros GPs da temporada, mas sem concretizar a vantagem em corrida.
O brasileiro rodou em Interlagos, chocou-se com outro carro no Japão e acabou sofrendo o acidente fatal em Imola, no fim de semana mais trágico da história da F1.
No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger, que disputava sua primeira temporada na modalidade com a Simtek, morreu durante o treino classificatório, deixando o mundo do automobilismo em estado de choque.
O próprio Senna mostrou-se muito afetado com morte do colega. O brasileiro nunca escondeu sua preocupação com a segurança dos pilotos. Sua personalidade era enigmática, uma mistura de modéstia com orgulho, com agressividade total na pista e sensibilidade no paddock.
Um busto em Imola
Vinte anos depois da sua morte, Senna é ainda mais lembrado pelas suas qualidades como homem do que pelo seu imenso talento como piloto.
Todos se lembram do seu sorriso, das suas brincadeiras, de tudo que fez dele o líder carismático da F1 durante uma década e um novo herói para o Brasil, que vivia tempos difíceis, tanto no esporte quanto na economia e na política.
O ídolo escreveu algumas das páginas mais bonitas da história do automobilismo, lembradas em milhares de fotos e vídeos. Senna foi tema de livros, documentários, e até de quadrinhos
Nesta quinta-feira, em Imola, que não recebe corridas de F1 desde 2006, será inaugurado um busto do piloto, dando início a quatro dias de comemoração no autódromo italiano.
Também está sendo esperada uma chuva de homenagens nas redes sociais, que não existiam quando o brasileiro voava nas pistas.
No dia 1º de maio, todos os fãs voltarão a sentir na flor da pele a emoção a tragédia de vinte anos atrás. Afinal, a maioria dos brasileiros se lembra exatamente onde estava e o que estava fazendo quando soube da morte do ídolo.
AFP

Nenhum comentário :

Postar um comentário