Pessoalmente, acho que muitas das doenças que afetam o organismo humano são fruto do pouco cuidado e atenção na nossa saúde mental e afetiva. Não é novidade saber que o nosso estado de ânimo tem uma grande influência sobre a evolução, agravamento ou melhoria nas doenças, especialmente nas terminais.
Na escola da vida, temos ultimamente deixado de lado a importância do autoconhecimento e da autoestima para dar lugar ao mundo mágico do viver submetidos à aparência e à ditadura do «vale tudo» e do «faço o que me apetece», sem medir limites nem consequências. É um mundo surrealista que nos faz esquecer que não estamos sós e que «o outro» acaba sempre por delimitar a nossa área de vivência e ação.
Tenho constatado em muitos casos que, quando a doença é de tipo psicossomático, ou seja, provocada por um mal-estar psico-emocional, na maioria das vezes, acaba por fazer ver aos doentes que têm andado a caminhar pela vida subjugados por uma falsa ilusão de felicidade, mas longe da verdade de si mesmos, quem são realmente.
Descobrir quem somos, como somos, como sentimos e reagimos, pode ajudar-nos a responder aos muitos «porquês» das nossas atitudes e modos de nos relacionarmos com os demais, e aqui estamos a entrar no campo da «autoestima».
Para quem desconhece o significado do termo autoestima é importante saber que ela pode definir-se como a capacidade de valorizar o que pensamos sobre nós mesmos, o que sentimos e a forma como atuamos.
Uma autoestima equilibrada, em detrimento da baixa ou alta autoestima, traz um conjunto de efeitos benéficos para a saúde e qualidade de vida. É fácil reconhecer a pessoa com uma autoestima equilibrada pela sua personalidade saudável, pouco conflitiva, e pela sua evidente maneira positiva e satisfatória que tem de perceber e respeitar a vida.
Estou convencido que, quanto mais a pessoa se conhece a si mesma, mais se respeita e respeita as outras pessoas com quem convive e partilha a vida.
Fátima Missionária
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