11/05/2014

Não é fácil ser mãe nos dias de hoje

Segundo professor da Dom Helder, apesar de avanços, mulheres sofrem com velhos paradigmas.
Mãe e filho: uma das experiências mais ricas na vida da mulher também é cercada de preconceitos.

Por Alexandre Vaz
Repórter Dom Total

Uma das fases mais importantes da vida de uma mulher, na qual ela tem a experiência de conceber e se responsabilizar pela criação de uma nova vida, a maternidade é cercada de diversos mitos e paradigmas no mundo contemporâneo. Apesar da evolução da sociedade, muitas mulheres ainda sofrem com concepções arraigadas a respeito da relação entre as mulheres e seus filhos.
"Apesar de todas as conquistas sociais, a vida social continua sendo mais difícil para as mulheres. Veladamente, mulheres continuam sendo vistas como seres inferiores aos homens, especialmente no Brasil, onde a cultura é predominantemente chauvinista. Os números de agressões e mortes violentas falam por si só", explica o professor de Filosofia do Direito e Metodologia da Pesquisa da Escola Superior Dom Helder Câmara, Émilien Vilas Boas Reis.
O professor lembra que, com a evolução social, a própria concepção tradicional de família, formada por pai, mãe e filhos, vem sendo modificada aos poucos no mundo ocidental, dando espaço para outros modelos. Da mesma forma, o papel da mulher no núcleo familiar vem evoluindo, fazendo com elas acumulem tarefas de mãe, provedora e chefe do lar.
Segundo Émilien Vilas Boas Reis, no entanto, apesar do aumento de possibilidades, muitas vezes as mulheres ainda colocam a maternidade como uma espécie de obrigação social. “No passado, muitas mulheres se tornavam mães por pura convenção social. A diferença é que hoje a maternidade pode ser uma escolha”.
Apesar disso, muitas mulheres ainda se sentem compelidas a ser mãe, em função de um sentimento de aceitação social. “Em muitos contextos, a maternidade é visto como algo bonito, mas em outros gera preconceitos, como a maternidade fora do casamento, por exemplo. Além disso, muitas mulheres dão preferência outras atividades sociais à criação de filhos, principalmente atividades profissionais. É uma escolha possível que não deveria ser vista com preconceito”, ressalta.
Redação Dom Total

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