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Em sua primeira visita à Terra Santa, Francisco busca a reconciliação com igrejas do Oriente.
O papa Francisco quer reforçar o diálogo inter-religioso e a reconciliação entre igrejas do Oriente, na primeira viagem à Terra Santa, e tentar ultrapassar um conflito regional que continua se agravando. Guerra civil na Síria, impasse no processo de paz israelo-palestino e fortalecimento do fundamentalismo islâmico no Médio Oriente são algumas das preocupações que dominam "a peregrinação" do papa – popular nas comunidades muçulmana, judaica e cristã – a Amã, Belém e Jerusalém, de sábado (24) a segunda-feira (26).
Além de pelo menos 14 discursos e dois banhos de multidão em Belém e Amã, o papa vai participar de cerimônias nos locais mais simbólicos: no Rio Jordão, onde segundo a tradição Cristo foi batizado, na Basílica da Natividade, em Belém, no Santo Sepulcro, Esplanada das Mesquitas, Muro das Lamentações, Memorial do Yad Vashem e no Cenáculo em Jerusalém. Francisco vai ainda se encontrar com refugiados palestinos e sírios.
Um rabino e um professor muçulmano, Abraham Skorka e Omar Abbud, amigos de longa data de Buenos Aires, acompanham Francisco na visita ao berço do cristianismo. De acordo com o papa, o diálogo inter-religioso pode aproximar campos políticos irreconciliáveis e mostrar que a religião não é um fator de ódio.
A unidade entre cristãos do Oriente (católicos e ortodoxos), enfraquecidos pelas divisões até na Ucrânia, é um dos temas em destaque na quarta viagem de um papa à Terra Santa.
Em Amã, depois de ser recebido pelo rei Abdullah II, Francisco vai presidir uma missa no estádio da capital e se encontrar com 600 deficientes e refugiados, muitos oriundos da Síria.
Em Belém, depois de ser recebido pelo presidente da Autoridade Palestinia, Mahmud Abbas, um automóvel aberto vai levar Francisco à Praça da Manjedoura, para a maior missa da viagem.
À noite, já em Jerusalém, o papa vai se encontrar com os patriarcas católicos e ortodoxos na Basílica do Santo Sepulcro, onde está, de acordo com a tradição, o túmulo de Cristo, para uma oração.
No último dia, ele visita a Esplanada das Mesquitas, Cúpula do Rochedo (Grande mesquita de Jerusalém) e o Grande Conselho dos Muçulmanos, o Muro das Lamentações, onde deixará uma mensagem e. Ao cemitério do monte Herzl (do nome do fundador do sionismo Theodor Herzl) ele levará uma coroa de flores.
O papa vai manter breves encontros com o Presidente Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, quando as negociações da concordata entre o Vaticano e Israel – acordo sobre o regime fiscal e imobiliário dos bens das congregações católicas – parecem registar algum progresso.
Agência Brasil
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