Os números são dramáticos. As estimativas oficiais indicam que há quatro milhões de sul-sudaneses em risco de insegurança alimentar e, segundo as Nações Unidas, 1,6 milhões de pessoas precisam de ajuda urgente. Entre elas estão 50 mil crianças, que correm perigo de vida, caso não seja garantido apoio internacional, pelo menos até setembro de 2015.
Num alerta lançado pela organização Ação Contra a Fome (ACF), chama-se a atenção para a grave crise humanitária que vive o mais jovem país do mundo, fruto da escassez de alimentos, dos problemas políticos, da temporada de chuvas e das epidemias. Uma delas é a cólera. Em junho, só na localidade de Torit, foram identificados 50 casos em 48 horas.
Segundo Amador Gómez, diretor técnico da ACF, até agora, só chegaram ao Sudão do Sul 42 por cento dos 1,3 mil milhões de euros prometidos pelos doadores, o que pode por em perigo de vida 50 mil crianças e deixar cerca de 900 mil em situação de desnutrição aguda. Neste momento, morrem em média seis menores por dia, no Centro de Estabilização de Bentiu, no norte do país.
Fátima Missionária
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