28/07/2014

"Hoje eu sou um cara pobre de dinheiro, mas feliz"


Jorge Damasceno construiu um patrimônio de R$ 70 milhões e trocou tudo por álcool, drogas e sexo. Por dois anos, morou nas ruas de Fortaleza, mas se recuperou. Está limpo há nove anos. Reencontrou a terceira esposa e tenta compensar o tempo perdido com a família, incluindo os seis filhos. Conselheiro do Instituto Volta à Vida, ministra palestra contra as drogas e vive com uma renda de dois salários mínimos por mês. Vindo da família que era dona do Grupo Damasceno (loja, hotel, fábricas de calçados e de artefatos de couros), começou a beber aos 13 anos de idade e a usar drogas aos 16.

O POVO - Que lembranças o senhor tem da sua infância?
Jorge Damasceno - Foi uma infância tranquila, de um menino danado, que gostava de brincar de bola e andar de bicicleta. Naquela época, morava ali pertinho do Palácio do Governo. Graças a Deus fui bem educado pelos meus pais. Mas foi na infância que eu comecei a ver o álcool muito perto de mim.

OP - Foi por influência da família que o senhor começou a beber?
Damasceno - Eu tinha alguns primos que já bebiam e, frequentemente, a gente ia para um sítio em Horizonte. Era grande, com piscina, com conforto e lá se reuniam os amigos dos meus primos, da minha irmã. Sempre tinha bebedeira.
 
OP - O senhor tinha quantos anos?
Damasceno - Dez anos, 12 anos. Eu sempre estava com meu primo, que me levava com ele e sempre tinha bebida. Eu me lembro que, aos 13 anos, o meu primeiro gole foi através dele.

OP - Qual foi o seu primeiro gole?
Damasceno - Eu acho que foi a cerveja, na casa de praia que a gente tinha no Iguape. Minhas primas e meus irmãos não bebiam. Meus tios também não. Só quem bebia era meu pai, mas ele nunca me ofereceu bebida, e meus primos. Foi através deles, em festinhas que eles faziam. Foi aí que me deram e eu gostei.
 
OP - E a sua família já tinha posses naquela época?
Damasceno - Tinha. Nessa época meu pai tinha as fábricas Kemp (indústria de calçados vulcanizados do Nordeste) e Conac (indústria de artefatos de couro). Era o grupo dos irmãos Damasceno, do meu pai e mais três irmãos, que começou com as Lojas Damasceno. Com 14 anos fiz estágio dentro da Kemp. Meu pai queria muito que eu fosse sucessor dele, mas aos 13 anos eu comecei meu alcoolismo. Aos 14 anos idade, com condições de pegar dinheiro do meu pai, que viajava muito, eu aproveitava para sair, farrear. Eu mentia muito para a minha mãe. A liberdade do dinheiro chegou muito cedo, aos 14 anos. 

OP - O senhor “pegava” o dinheiro?
Damasceno - Eu tinha mesada no final de semana, que meu pai me dava toda sexta-feira quando chegava da fábrica. Como eu estava entrando no alcoolismo, comecei a gazear aula. Aproveitava a viagem dele, passava nas lojas e ia tirando dinheiro para juntar para o fim de semana.
 
OP - Ele não sabia dessa retirada de dinheiro?
Damasceno - Não. Sabia depois quando ele ia ver os vales no meu nome. Onde eu chegava e dizia o nome dele, eu fazia um vale. Eu dizia: “sou filho do Edgar Damasceno”. Bebia e comia e os garçons transformavam a bebida em refrigerante e comida nos vales. Meu pai pagava pensando que era comida. Então, aos 14 anos, eu descobri uma doença que é pior do que as drogas: a prostituição. Eu ia gazear aula na Beira Mar para sair com mulher. 

OP - Ele não desconfiava?
Damasceno - Ele descobriu porque começavam a falar com ele que já tinham me visto bebendo, saindo com mulher. Ele perguntava para minha mãe e ela dizia que não via, porque eu chegava escondido. Quando ele soube que eu já estava começando a entrar no mundo da bebida, fui morar em São Paulo com um primo meu. Morei no bairro de Indianópolis. Depois de um ano, meus primos foram embora e eu passei a morar sozinho. Aí foi quando a prostituição e o alcoolismo aumentaram. Quando meu pai vinha me visitar ele sempre dizia: “meu filho, estude. Eu estou sentindo que você não está estudando”. Aos 16 anos, eu transformei meu apartamento em uma orgia. Levava meninas e amigos, a gente escutava música e fazia sexo. Mesmo assim, continuava passando de ano no colégio.
 
OP - O senhor tinha planos de estudar, seguir uma profissão?
Damasceno - Eu tinha uma vida muito boa e gostava muito de estudar. Tinha o sonho de ser engenheiro mecânico. Quando eu entrei na fábrica, eu ainda consegui fazer sozinho 12 pares de sapato para mim. Antes, eu era um aluno normal e sempre presente no colégio. Só após começar a consumir álcool é que comecei a sair do colégio. Mesmo assim, ainda passava de ano. Mas saí do colégio três meses antes de terminar o Ensino Médio. 

OP - Como o senhor começou a usar outras drogas? 
Damasceno - Foi em São Paulo que experimentei a primeira droga ilícita. Uma menina disse que só fazia sexo comigo se eu fumasse maconha com ela. Eu ainda disse não. Mas, como já estava com alteração de consciência por causa do álcool, fui com ela para o quarto e fumei a maconha. Namorei com a maconha por 30 anos, desde os 16. Depois passei a usar menos maconha em troca da cocaína. Em São Paulo a maconha me apresentou, junto com o álcool, o LSD, a pílula do amor, que é o ecstasy, o chá de cogumelo e de zabumba, as anfetaminas, o lança perfume, o loló. Em São Paulo, eu me tornei um clínico geral das drogas e do álcool.
 
OP - Quando sua família soube?
Damasceno - A família não percebia porque eu morava longe, mas quando eu voltava a Fortaleza, nas férias, eu já sentia que eu era dono do meu nariz. Ia para a fábrica visitar o meu pai. Passava 15 dias com ele, porque eu gostava do cheiro do trabalho, sabe? Eu me lembro que quando eu vinha de férias eu já trazia 500g de maconha pensando no mês todinho.

OP - Mas o senhor voltou para Fortaleza e chegou a trabalhar com seu pai.
Damasceno - Tudo isso que eu disse para você foi a fase dos meus 15 a 17 anos. Início dessas drogas e das bebedeiras. Eu comecei a perder o colégio, o estudo e a capacidade de ser gente na vida. Mas aí Deus me mandou uma menina. Uma francesa judia com quem eu namorei. Me converti para a religião judaica e casei. Foi aí que eu vim para Fortaleza. Meu pai disse assim: “agora meu filho é responsável”. Mas ele não sabia nenhum centímetro o que o filho dele já era: um alcoólatra, um dependente químico. Quando eu cheguei aqui ele me deu um apartamento perto da Beira Mar e fui morar com a minha primeira esposa.
 
OP - Sua esposa já sabia quem o senhor era?
Damasceno - Sabia de tudo. Mas eu a troquei por uma prostituta, uma garrafa de uísque e um cigarro de maconha. Um dia comecei a aparecer mais em casa porque eu comecei a trabalhar com o meu pai dentro da fábrica.

OP - Foi quando o senhor entrou no setor de calçados?
Damasceno - Entrei no ramo e fiz lojas para mim. Eu fiz quatro lojas de sapato. Eram as lojas Kemp. Eu estava tentando fazer uma loja em Salvador. Trabalhei também no hotel Praia Verde, do grupo Damasceno. Trabalhei dois anos na parte administrativa do hotel. Então, eu tive sucesso no trabalho, mas a cada dia as drogas me levavam à falência.
 
OP - O senhor ganhava quanto com as lojas?
Damasceno - Eu tinha um patrimônio grande. Acho que o grupo tinha R$ 400 milhões (em moeda de hoje). Cheguei a ter o equivalente a R$ 60, R$ 70 milhões. Comprava milhões de sapatos, tinha apartamentos, carro, terreno. Tudo o que eu comprei foi fruto do meu trabalho. Nessa parte, de 18 anos para frente, foi quando eu fui começando a construir meu patrimônio. Mas, enquanto isso, as drogas e o alcoolismo iam aumentando. Então, as farras aumentavam. É tanto que eu me juntei com seis mulheres na minha vida. 

OP - Qual foi o seu auge de dinheiro e vício?
Damasceno - A bebedeira foi dos 20 aos 35 anos. E tinha dinheiro suficiente para comprar o que queria. Iniciei com cocaína aos 23 anos e usei por 21 anos na minha vida. Foi a pior droga que eu experimentei. Usava todo dia, todo dia, todo dia. Ela e o álcool. Comecei a faltar o trabalho e comecei a desviar do meu caminho.
 
OP - O que mais o envaidecia na época?
Damasceno - Olha, eu vou dizer uma coisa para ti. Eu acho que eu recebi uma graça muito grande de Deus. Eu nunca botei o dinheiro na frente da minha vida. Agora, o que eu gostava mais era a boemia. Eu também gostava muito de dar comida aos pobres. Eu tinha muita vontade de ser pobre. 

OP - Por que o senhor tinha vontade de ser pobre?
Damasceno - Até hoje, eu não sei. Talvez de tanto conviver com eles. Tem um amigo meu que diz assim: “você conseguiu, Jorge! Conseguiu ficar pobre”. Diz ele que quando eu bebia, subia numa escada e dizia: “Meu Deus, eu quero ficar pobre”.

OP - Como foi esse processo do rico para o pobre?
Damasceno - Eu nunca senti. Eu não sei se a minha ficha ainda não caiu, mas eu nunca sofri pela perda do dinheiro. Eu tinha um patrimônio, as coisas foram se acabando, eu abandonei as lojas, meu pai vendeu a fábrica Kemp para a Grendene. Depois que ele morreu, sobraram eu e meus primos para administrar as empresas. Nem eu, viciado, nem eles souberam administrar, porque também tinham problemas com alcoolismo. A cocaína tomou conta de mim. Sem meu pai, eu fiquei até seis meses sem beber. Então, fui morar na rua. Era uma maneira de eu ficar mais perto das drogas e do álcool.
 
OP - E o que o senhor foi perdendo gradativamente?
Damasceno - Perdi minhas quatro lojas. Eu tinha dois prédios no centro, eu perdi. Perdi um terreno que eu tinha grande em frente ao Beach Park. Eu vendi o terreno, bêbado. Tinha 3 km de terra ali na Prainha, 18 mil lotes de terra na Francisco Sá e dei tudo para os pobres. 

OP - E a sua família?
Damasceno - Minha família, todo dia, ia atrás de mim, só que eu não aceitava voltar. Morei no terreno baldio ali na Varjota por seis meses. Morei também numa ponta de esquina por mais de três meses. Ali na Frederico Borges. Passava mais meses sem voltar para casa e chegava só para pegar dinheiro e voltar para a rua.

OP - O que é mais difícil na rua?
Damasceno - Viver! Eu sentia muita solidão, eu chorava muito (emociona-se). Mas nunca pensei e nunca chorei pelo que eu perdi. A maior riqueza que perdi foi a convivência e a criação dos meus seis filhos e minha vida espiritual. Às vezes eu dizia para mim: “eu estou recebendo um castigo da minha própria vida”.
 
OP - O senhor pensou em se matar?
Damasceno - Não. Nunca pensei em me matar. Porque, às vezes, eu dizia a mim mesmo que Deus tinha me dado tudo. Ele tinha me dado família, conforto, respeito, ele tinha me dado a chance de ser um grande homem, a chance de ser pai, de ser responsável. Eu troquei tudo isso por uma substância química. Troquei tudo isso pelo alcoolismo, pela prostituição. Mas te digo com toda honestidade que eu nunca culpei ninguém. Entreguei minha vida ao relento e fui preso três, quatro vezes.

OP - Como era sua rotina nas ruas?
Damasceno - Pedia esmola de manhã cedo, às 5h. Depois ia beber cachaça porque a abstinência era muito grande. Demais, demais mesmo.
 
OP - E o senhor conseguia quanto por dia?
Damasceno - R$ 100, R$ 150 por dia. Muitos amigos meus queriam me tirar dali. Isso era uma forma de enganar as pessoas. 

OP - Qual era o seu argumento para conseguir dinheiro?
Damasceno - Que eu queria comer. Mas raramente eu comia. Eu fui casado com a menina que de um restaurante na Varjota e passei a dormir em frente ao restaurante para ganhar uma quentinha de madrugada que eu trocava por bebida e drogas.
 
OP - Como se consegue drogas na rua?
Damasceno - É fácil. Na minha época, era difícil. Hoje, tem até entrega. Se você quiser, o cara vem deixar na sua porta.

OP - Quantos anos o senhor passou nas ruas?
Damasceno - Eu passei dois anos na rua. E foi na rua que eu tive a maior humilhação em relação ao alcoolismo. Uma pessoa me ofereceu um gole de cachaça e, em troca, pediu para eu beijar o pé dele. E eu não tenho raiva dele. O vejo, às vezes, quando eu vou ver minhas filhas. Hoje, Deus está me dando essa linda recuperação por 24 anos.
 
OP - E o que o senhor pensa de quem dá dinheiro no sinal? O senhor concorda?
Damasceno - Depois que eu morei na rua eu vi que existe a mendigagem por necessidade. Tem gente que pede porque tem fome mesmo. Hoje eu sou um cara pobre, pobre, pobre, mas você vê que Deus foi tão maravilhoso comigo que me devolveu minha terceira mulher, depois de 24 anos sem vê-la, a Graça. Ele me deu a mais pobre, mas a mais valente.

OP - Foi a Graça quem ajudou na sua saída das ruas e na sua recuperação?
Damasceno - Não. Foi a minha irmã, Margarete Damasceno. Quando o alcoolismo tomou conta de mim ela me levou para morar com ela. Ela me deu um emprego de volta na fábrica de gelo dela. Eu trabalhava um mês e passava três meses fora. O filho dela, o Daniel, foi uma pessoa maravilhosa que também nunca desistiu de mim. Inclusive, cheguei a roubar dinheiro dele para comprar cocaína e fui perdoado.
 
OP - Como ela o tirou da rua?
Damasceno - Em 2005 ela me levou para uma casa de recuperação. Ela mandou um motorista me buscar dizendo que eu ia fazer uma rota de trabalho. Nesse dia eu estava usando crack, cocaína e álcool. Eu estava nu, com uma mulher dentro do quarto. O motorista bateu e eu estava com o efeito dessas drogas, com uma prostituta daquelas pirangueiras de um real. Mas eu não tinha mais condição de trabalhar ali. Cabelo deste tamanho, barbudo, sujo. Passava até 15 dias sem tomar banho, andando descalço, com os pés cheios de bicho. Fiquei um desleixo. Eu disse para esse motorista que eu não ia. Aí ele disse assim: “eu vou falar a verdade. É que a tua irmã quer o teu bem. Ela quer te tirar daqui. Que tu vai morrer com essa mulher que está aí contigo”. Aí minha irmã me ligou, falou comigo e chorou. 

OP - O senhor foi?
Damasceno - Eu disse que só ia se eu tivesse uma despedida e me deram: a cocaína, o crack e o álcool. Eu fui e me internei por um ano. Mas, depois de um ano, com uma semana eu recaí. Aí, voltei por minha conta e pedi para minha irmã me internar.
 
OP - Qual foi o momento de maior dificuldade na recuperação?
Damasceno - Eu tinha muita saudade da rua, da minha liberdade na rua, das minhas dormidas na rua, dos meus amigos na rua. Isso me dava muita falta. Eu passei a amar a rua e gostava daquela vida. Agora, há oito anos, sou um conselheiro do Instituto Volta Vida e comecei a sentir que estava começando a ser gente novamente.

OP - O senhor tem saudades da vida que você tinha quando era rico?
Damasceno - Muita gente me pergunta se eu não tinha saudades de nada da vida de luxo que eu tinha. Porque eu tinha carros, luxo, muito dinheiro, viajava para onde queria, para qualquer parte do mundo, comia nos melhores restaurantes. Mas hoje eu digo que eu não sinto.
 
OP - O senhor voltaria a ser empresário?
Damasceno - Eu não deixaria meu trabalho de conselheiro. Já me chamaram, mas eu não quis, para trabalhar em fábrica e no comércio, mas não quero. Também me chamaram para administrar uma rede de motéis. Eu descobri que eu posso ajudar pessoas a sair dessa doença que me levou a uma decadência muito grande.

OP - O senhor passou muito tempo longe da vida social. Que impressões teve da economia do Ceará quando voltou?
Damasceno - Cresceu muito. Hoje eu fico feliz porque a indústria cresceu no Ceará no ramo de calçados, no ramo de confecções. A Monsenhor Tabosa ainda está viva. Muita gente pensava que ela ia se acabar, mas ela está viva. Fortaleza está vivendo um grande sucesso no turismo. Eu diria que só o Centro não cresce. O Centro de Fortaleza não cresceu.
 
OP - O senhor ainda pensa em retomar seus estudos?
Damasceno -Vou fazer Assistência Social ou então Psicologia. 

OP - O senhor se considera recuperado?
Damasceno - Não. Eu estou em busca dessa recuperação, porque eu ainda sonho muito com drogas. Talvez porque eu falo muito. Mas, o mais importante, é que eu sou muito feliz. Hoje eu sou um cara pobre de dinheiro, mas feliz.
 
OP - Onde o senhor mora?
Damasceno - Moro num apartamento dado pela Margarete. Estou começando a minha vida: tenho uma cama, uma televisão, uma mesa, quatro cadeiras, uma geladeira que ganhei e a máquina de lavar também. 

OP - Qual a sua renda? 
Damasceno - Eu ganho dois salários mínimos por mês, nessa faixa, dando palestras de prevenção às drogas.
 
OP - Qual sua posição em relação à legalização da maconha?
Damasceno - Eu acho a maior ignorância do mundo. Primeiro que é uma substância química que vai provocar a dependência e vai apresentar outras drogas para qualquer ser humano. Ninguém fica em um baseado, o cara vai procurar mais.

OP - O senhor é a favor do uso medicinal da substância? 
Damasceno - Olha, com o uso medicinal eu até concordo total. Mas quando lançar a maconha liberada o cara vai dizer que é 40g e ninguém vai ficar só em 40g.
 
OP - O que gestores públicos e parlamentares podem fazer para evitar que tantas pessoas se percam nas drogas?
Damasceno - Parar de enganar, de usar máscaras. O Governo está fazendo uma válvula de escape que são as internações nas casas de recuperação para mostrar que está ajudando o dependente químico, mas está esquecendo de investir dentro das casas de recuperação e na reinserção social do dependente químico. Hoje, estão entrando muitos moradores de rua nas casas de recuperação, mas está faltando reinserção. Termina o tratamento e dizem: “vai embora, se vira”.

OP - Qual o seu sonho?
Damasceno - Meu primeiro objetivo é a educação do meu neto de seis anos, o Pedro Hugo. Eu sou muito amigo dele e é um jeito de eu compensar a ausência que tive como pai para meus seis filhos. Eu quero conquistar estudar para ser assistente social, salvar vidas, orientar as pessoas a não usarem drogas. Futuramente, quero abrir uma casa de recuperação feminina e masculina. Eu até topo administrar uma casa dessas.

Nenhum comentário :

Postar um comentário