«As habitações civis não são um alvo legítimo, a menos que se utilizem ou contribuam para fins militares. Mas em caso de dúvida, não são alvos legítimos. As pessoas, especialmente os idosos, doentes e pessoas com deficientes, não têm tempo para sair das suas casas e quando tentam fugir para a rua, não têm um local para se abrigar nem forma de saber onde cairá a próxima bomba ou o próximo míssil», afirmou a Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU, numa sessão especial dedicada a analisar a situação da Faixa de Gaza.
Para Navy Pillay, «o desprezo pelo direito humanitário internacional e pelo direito à vida tem sido evidente para todos», como o comprova o ataque a sete crianças que jogavam numa praia de Gaza, em 16 de julho, primeiro pela aviação israelita e depois por bombardeamentos navais. Quatro dos menores, com idades entre os nove e os 11 anos, morreram. «Estas crianças eram claramente civis e não participavam nas hostilidades», sublinhou a responsável.
Depois de citar outros episódios de civis assassinados, Pillay disse haver «uma forte possibilidade» da violação do direito humanitário internacional, o que pode corresponder à prática de crimes de guerra. Por isso, defendeu uma investigação adequada e independente a estes incidentes.
«A cultura de impunidade convida a novas transgressões. Os crimes de guerra e contra a humanidade são dois dos tipos de delitos mais graves na vida e as denúncias credíveis de que foram cometidos serão devidamente investigadas, o que até agora não tem acontecido. Todos os civis mortos e mutilados deviam pesar seriamente nas consciências»,
Fátima Missionária
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