Ainda que possa parecer muito distante de nós em uma relação temporal, a Primeira Guerra Mundial foi marcante para definir boa parte do cenário político e econômico que vivemos no mundo de hoje. E, no ano em que o conflito completa 100 anos (1914-1918), temos apenas memórias dos que participaram desta luta. Porém, há pouco tempo, o último dos seus protagonistas ainda estava entre nós.
Há três anos, o último dos veteranos da Grande Guerra faleceu. Claude Stanley Choules, que publicou seu livro de memórias aos 108 anos, morreu aos 110 anos na cidade de Perth, Austrália, no dia 5 de maio de 2011. Choules nasceu em 3 de março de 1901 em um pequeno povoado britânico chamado Pershore, Worcestershire, e foi um entre sete filhos. Começou seu treinamento com a Marinha Real Britânica um mês antes de completar 14 anos.
Em 1917, uniu-se ao navio de guerra HMS Revenge, no qual acompanhou a rendição da Frota de Ultramar alemã, a principal frota da Alemanha na guerra. "Não havia mais sinais de resistência dos alemães quando eles saíram do nevoeiro, às 10 horas da manhã," Choules escreveu em sua autobiografia, "The Last of the Last" ("O Último dos Últimos").
Choules e a britânica Florence Green, que serviu como garçonete na Força Aérea Real, foram os sobreviventes mais longevos que estiveram em serviço nessa guerra. Green nasceu em Norfolk e se alistou na Força Aérea Feminina britânica (WRAF) em 1918, aos 17 anos, trabalhando como camareira em duas bases da Força Aérea britânica até julho de 1919. Morreu em 1º de fevereiro de 2012, poucos dias depois de completar 111 anos.
Na época da morte de Choules, seu filho Adrian disse que o pai não sentia orgulho de ter servido na guerra, de acordo com material divulgado pela AAP:
"Ele serviu em duas guerras, mas ele odiava a guerra. Ele apenas viu isso como um trabalho". Além disso, ele falou que seu pai não era muito entusiasmado com a atenção que recebia: "ele virou celebridade, mas isso foi apenas porque todo mundo já havia morrido".
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