Andressa Bittencourt
andressabitten@opovo.com.br
Dedicação, tempo e disciplina são exigências básicas para quem
pretende alcançar a aprovação em concursos. Além da rotina de
organização, o concurseiro se depara com a necessidade de abrir mão do
lazer e até mesmo do trabalho para atingir seu objetivo mais
rapidamente. A pergunta que fica é: vale a pena largar o emprego para
estudar?
Rommel Nascimento, 23, diz que sim. No ano
passado, deixou de trabalhar na área da construção civil para se
dedicar ao concurso da Guarda Municipal. Após sete meses de estudo,
conseguiu uma das mil vagas para as quais concorreram 54 mil pessoas.
“Eu
acordava cedo, às 6h, e estudava de manhã. Fazia uma pausa para
almoçar e me exercitar e estudava à tarde. À noite, ia para o cursinho,
até 22h. Um mês antes da prova, fazia um ‘intensivão’: estudava das 7h
da manhã às 2h do outro dia”. Morando com a mãe, Rommel pôde se dedicar
aos estudos sem se preocupar com despesas.
Segundo
Alberto Felício, consultor e sócio da Ágora Consultoria, quem “se
arrisca” a largar o emprego para estudar deve garantir um suporte
econômico, seja a ajuda de algum parente, seja uma reserva financeira.
Antes
de pedir demissão, foi isso que fez a jornalista Naara Vale, 30.
Desejando prestar concurso, contou com o apoio do marido para poder se
dedicar aos estudos. “Foi muito difícil largar tudo, mas tento me
esforçar para conseguir esse objetivo”, diz. Ela estuda para concurso
desde janeiro deste ano.
OrganizaçãoO consultor da VP Concursos, Roberto Rondon, explica que a decisão de largar ou não o emprego depende de diversos fatores, como a disposição e a organização de cada candidato.
OrganizaçãoO consultor da VP Concursos, Roberto Rondon, explica que a decisão de largar ou não o emprego depende de diversos fatores, como a disposição e a organização de cada candidato.
“Se você puder utilizar
todo o seu tempo, irá atingir resultados mais rápidos, mas se não tiver
organização, material correto e orientação, vai desperdiçar tempo e
esforço e pode acabar desistindo por achar que não consegue”.
Alberto
Felício afirma que é possível trabalhar e estudar, desde que a
organização seja redobrada. É o caso de Vanessa Bastos, que estuda para
concurso há um ano. Ela prefere fazer as duas atividades, pois
acredita que, assim, pode se organizar melhor. “Eu me concentro mais
porque sei que o tempo que tenho é pouco”.
Independentemente
da quantidade de horas estudadas, Rondon diz que o método mais eficaz
para alcançar a aprovação é definir metas e tentar cumpri-las de acordo
com a necessidade de cada um. O concurseiro deve analisar como ele
aprende a matéria, conhecendo o concurso o qual pretende fazer e
direcionando os estudos às disciplinas específicas da prova.
font: http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaetrabalho/2014/09/13/noticiasjornalvidaetrabalho,3314059/devo-largar-o-emprego-para-estudar.shtml
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