13/12/2014

As Aventuras do Avião Vermelho investe na leveza


Baseado em romance de Érico Veríssimo, de 1936, o filme adapta as situações ao presente.





A animação nacional “As Aventuras do Avião Vermelho” conquista pelo lúdico, pela ingenuidade, seja nos traços do desenho, na narrativa ou no caráter de seu protagonista, Fernandinho (dublado por Pedro Yan).


Baseado em romance de Érico Veríssimo, de 1936, o filme adapta as situações ao presente, quando computadores e jogos eletrônicos disputam a atenção infantil com brinquedos e brincadeiras menos modernas.


Fernandinho é uma criança hiperativa, segundo ele mesmo, que vive com o pai (Sérgio Lulkin) e a empregada, Josefina (Zezeh Barbosa). Inferniza a vida dos animais da vizinhança, inventa mil coisas para não se entediar e, ainda assim, chega uma hora que fica sem saber o que fazer para passar o tempo.


Não tem amigos na escola. Seus únicos companheiros são um boneco de madeira, Chocolate (Lázaro Ramos), e um urso de pelúcia (Wandi Doratiotto).


O pai tem uma relação um tanto distante com o menino, tentando conquistá-lo com brinquedos, sempre sem muito sucesso, até que resolve lhe dar um livro de sua infância, “O Capitão Tormenta”. É paixão à primeira vista, mas frustração também, ao saber que o protagonista do livro está preso na Rússia.


Acompanhado do Chocolate e Ursinho, Fernandinho arma uma expedição para salvar seu herói. Munido de um pequeno avião vermelho (Milton Gonçalves), e milagrosamente encolhido, o trio embarca nessa missão arriscada.


Uma das primeiras e melhores paradas de Fernandinho e sua equipe é na lua, onde descobrem que tudo é dito ao contrário. Quando alguém lhe deseja “Mau Dia”, na verdade, está dizendo “Bom Dia”.


É nesse humor ingênuo que está calcado o filme dirigido por Frederico Pinto e José Maia, que resgata uma infância à moda antiga, materializando esse clima no traço e colorido. Distante de uma experiência mais radical, como “O Menino e o Mundo”, outra animação nacional lançada neste ano, “As Aventuras do Avião Vermelho” prova que é possível ser simples sem ser raso ou tolo.
Clique aqui, assista ao trailer e saiba onde o filme está em cartaz na Agenda Cultural!



Reuters


http://goo.gl/CGUv9X

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