Aos 86 anos, ele estava internado em um hospital no oeste da França.
Ele ficou conhecido por seu envolvimento em causas políticas.
(Foto: Marcel Mochet/AFP Photo)
Morreu neste domingo (4), aos 86 anos, o cineasta francês René Vautier, conhecido por seu envolvimento em causas políticas e diretor do filme ’20 anos nos montes Aurès’, sobre os horrores da guerra da Argélia.
Vautier morreu em um hospital da Bretanha (oeste da França), região onde morava, disse à AFP sua esposa, Soazig Chappedelaine Vautier.
O diretor viveu uma vida movimentada, entre fuga, prisão, greve de fome, ameaças e condenações, e se auto-proclamava ‘o cineasta francês mais censurado’.
Ele também filmou ‘África 50′, curta-metragem dirigido por ele aos 20 anos, que tornou-se o primeiro filme anticolonialista do cinema francês e foi censurado por 40 anos – além de render a Vautier a condenação a um ano de prisão.
Sua temática foi sempre bastante voltada para a guerra da Argélia, especialmente com ‘Uma nação a Argélia’ (1954), pelo qual foi processado por ‘atentado à segurança interior do Estado’, ‘Argélia em chamas’ (1958), e ’20 anos nos montes Aurès’.
Carro-chefe de sua filmografia, ’20 anos nos montes Aurès’ lhe rendeu o prêmio da crítica internacional no Festival de Cannes de 1972
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