Por Marco Lacerda*
Apesar de artistas como Mary Cassatt e John Singer Sargent terem vivido e exposto na França durante anos, onde mantiveram relações estreitas com Degas e Monet, foi necessário esperar até que se realizasse a exposição de impressionismo francês organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, em Nova York, para que os norte-americanos começassem a fazer uso daquela nova forma de usar os pincéis, as cores brilhantes e os temas modernos do movimento francês. Alguns se animaram inclusive a viajar a Paris para conhecer a nova onda na fonte.
As obras de Cassatt, Sargent e Whistler reunidas na exposição revelam o papel desses artistas no desenvolvimento do impressionismo na Europa, enquanto as de Theodore Robinson e Childe Hassan mostram uma assimilação mais gradual da nova técnica. Da mesma forma, outros pintores norte-americanos, sem jamais terem contato direto com os impressionistas, souberam adaptar suas ideias e forma de pintar aos temas nacionais e seduzir assim um novo público para as artes plásticas.
Todas as obras estão acompanhadas por telas de Monet, Manet, Degas e Morisot, que servem para contextualizar e estabelecer um interessante diálogo. Para os pintores norte-americanos que queriam participar da modernidade europeia era imprescindível passar uma temporada em Paris visitando o Louvre e o Salão Anual e fazendo algum curso nos numerosos estúdios e academias que surgiam. James McNeill Whistler foi um dos primeiros, seguido por Mary Cassat. Em 1874, quando Paris se levantava da guerra franco-prussiana, chegou uma segunda leva de pintores gringos como John Singer Sargen e Theodore Robinson.
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