07/01/2015

Papa saúda Igrejas Orientais pelo Natal


Comunidades de rito bizantino seguem calendário juliano, que apresenta atraso de 13 dias.


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CIDADE DO VATICANO – O papa Francisco dirigiu nessa terça-feira (6) uma saudação às Igrejas Orientais que vão celebrar o Natal esta quarta-feira, seguindo o calendário introduzido no ano 45 a.C. pelo imperador romano Júlio César. “Neste dia da Epifania, o nosso pensamento dirige-se para os irmãos e irmãs do Oriente cristão, católicos e ortodoxos, muitos dos quais vão celebrar amanhã o Natal do Senhor: que chegue a eles a nossa saudação afetuosa”, disse, no Vaticano, durante a recitação do Ângelus.

A Igreja Católica segue majoritariamente o calendário gregoriano, introduzido em 1582 pelo papa Gregório XIII, mas as comunidades de rito bizantino seguem até hoje o calendário juliano, que apresenta um atraso de 13 dias em relação ao calendário civil.


Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, na solenidade litúrgica da Epifania – conhecida popularmente como Dia de Reis -, Francisco recordou ainda o Dia Mundial da Infância Missionária. “É a festa das crianças que vivem com alegria o dom da fé e rezam para que a luz de Jesus chegue a todos os meninos do mundo. Encorajo os educadores a cultivarem nos mais pequenos o espírito missionário, que não sejam crianças fechadas, mas abertos, que tenham um grande horizonte”, referiu, desejando “testemunhas da ternura de Deus e anunciadores do seu amor”.


O papa pediu a proteção da Virgem Maria sobre a Igreja Católica, para que esta “difunda em todo o mundo o Evangelho de Cristo, luz de todos os povos”. “Que ela nos faça estar cada vez mais em caminho, que nos faça caminhar e que no caminho sejamos atentos, incansáveis e corajosos”, prosseguiu.


A solenidade da Epifania, palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’, celebra-se a 6 de janeiro nos países em que é feriado civil; nos outros, como no Brasil, assinala-se no domingo entre 2 e 8 de janeiro. Francisco assinalou que esta celebração evoca a “chegada dos Magos” do Oriente a Belém para “adorar o recém-nascido rei dos judeus e salvador universal” para lhe oferecerem “dons simbólicos”.


“Com o seu gesto de adoração, os Magos testemunham que Jesus veio à terra para salvar não um só povo, mas todas as pessoas”, precisou. Deus, acrescentou, ama todos, “também os que parecem estar longe”, com um “amor apaixonado e fiel”.


O papa apresentou o relato evangélico dos Magos como uma “viagem da alma, um caminho de encontro com Cristo” e pediu que, como estas figuras, os católicos sejam “atentos, incansáveis, corajosos” a seguir os sinais que levam até Deus. À imagem do que fez noutros encontros semelhantes, Francisco desafiou os presentes a “caminhar com a luz da Palavra de Deus”, trazendo consigo uma “edição de bolso” dos Evangelhos para “o ler sempre”.


SIR


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