Uma família para Jesus
Por Dom Canísio Klaus*
As comemorações do Natal e do fim de ano estão profundamente relacionadas com a família. Elas são um convite, quase que natural, a que as pessoas busquem a família para alguma refeição em conjunto. Quem por uma ou outra razão fica privado deste encontro familiar, sente a solidão e tende a não gostar das festividades natalinas. É o que se comprova nas conversas com pessoas que perderam algum familiar recentemente ou também com as pessoas idosas que vivem em asilos ou casas geriátricas e não podem usufruir o convívio com a família nos dias de Natal.
Ao propor a comemoração da festa da Sagrada Família no domingo posterior ao Natal, a Igreja, além de chamar a atenção para a família de Nazaré, alerta para a importância que a família tem para as pessoas. Ao lembrar que “Jesus crescia em idade, sabedoria e graça diante de Deus”, amparado por José e Maria, a Igreja indica a Sagrada Família de Nazaré como modelo para todas as famílias.
É louvável o fato de muitas famílias reservarem um espaço em suas agendas para a ceia do Natal na noite do dia 24 de dezembro ou o almoço de confraternização no dia 25.
Ao pensar nestes encontros de família, a equipe da Pastoral Familiar da Diocese de Santa Cruz do Sul editou um cartão para ser entregue a todas as famílias, convidando a aproveitar a oportunidade para rezar com a família e pela família.
Partimos do pressuposto de que a família é um grande presente que recebemos de Deus. Ela é uma instituição sagrada e querida desde o princípio da humanidade. Deus mesmo quis se encarnar no seio de uma família e ninguém nasce sem pai e sem mãe. Por isso, manter a família é “uma das nossas responsabilidades”.
Se a família é um presente que recebemos de Deus, também entendemos que cada pessoa é um presente para a sua família. Os filhos são presentes para os pais e os pais são presentes para os filhos. A esposa é presente para o marido e o marido é presente para a esposa. Os avós são presentes para os netos e os netos são presentes para os avós. Por isso, vale a gente se perguntar: “que presente eu sou para minha família?” Será que eu sou um presente agradável e desejável, ou sou um “presente grego que ninguém merece e nem quer”?
Como presentes que somos para as famílias, também devemos marcar presença junto à nossa família. Mais do que bens materiais, os filhos desejam os pais “presentes” em seu dia a dia. O mesmo vale para as muitas pessoas idosas que estão abandonadas em suas casas ou nas casas geriátricas e que desejariam participar no convívio da família.
Olhemos para a Sagrada Família de Nazaré e busquemos nela inspiração para a nossa vida familiar. Transformemos a nossa família em santuário da Vida e do Amor, e teremos a benção de Deus por intermédio da família de Jesus, Maria e José.
Votos de abençoado Ano Novo com muita Paz para todas as famílias!
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