15/06/2015

Afro Equador


Isolados do resto do país, os negros mantiveram intacta a cultura de seus ancestrais.


Por Marco Lacerda*






O Equador guarda a África em sua gente, comidas e sincretismos<i></i>




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Com uma população de 530 mil habitantes, Esmeraldas é formada em sua maioria por negros, o que é usado como uma das justificativas na hora de explicar o sucesso no futebol. Entre os jogadores revelados na cidade estão o atacante Carlos Tenório, que já defendeu o Vasco, e o zagueiro Frickson Erazo, do Flamengo, que fez bonito na Copa em 2014.


Situada entre o oceano Pacífico e a cordilheira dos Andes, a costa equatoriana tende a ficar em segundo plano nos itinerários dos visitantes estrangeiros, que se dirigem à região quase sempre com o único intuito de chegar ao arquipélago de Galápagos.


Na região, está Guayaquil, a cidade mais povoada do Equador. Capital econômica do país, Guayaquil passou recentemente por uma série de programas de renovação urbanística com o objetivo de atrair mais turistas.


A mudança mais emblemática, chamada de Malecón 2000, transformou a margem do rio Guayas em um grande centro de lazer que se estende por 2,5 quilômetros.


A região de Las Peñas, uma das mais antigas do país, também teve suas casas coloniais restauradas. Saindo de Guayaquil, vale a pena visitar Salinas, cidade conhecida por suas histórias de piratas, navios afundados e tesouros.


O caso mais famoso é o do barco La Capitana, que, em 1654, ia da atual Bolívia até a Espanha carregado de ouro e prata quando afundou no litoral equatoriano. A história nunca foi esquecida e, em 1995, norte-americanos e noruegueses conseguiram licença do governo para explorar a região em busca da riqueza, que seria dividida entre os três países.


Em 1997, os norte-americanos encontraram 5.000 moedas de prata e uma de ouro, que hoje está no Banco Central do Equador. Há quem diga que todo o tesouro foi achado pelos estrangeiros, que teriam ido embora com a maior parte das moedas.


Um pouco mais ao norte de Salinas está Montañita, um povoado de pescadores fixado em uma agradável praia, considerada a melhor para a prática do surfe no país, com ondas que chegam a medir até três metros.


O pirata Francis Drake enterrou no Equador tesouros nunca encontrados.


Por ali também se encontra o Parque Nacional Machalilla, o único local protegido da costa equatoriana. Aberto à visitação, o parque oferece atividades como mergulho, visitas arqueológicas e, a mais procurada de todas, observação de cetáceos, principalmente baleias jubartes.


Faz parte do parque também a Isla de la Plata, que, segundo uma lenda local, tem esse nome porque o pirata Francis Drake teria enterrado ali vários tesouros nunca encontrados.


A ilha é chamada de Galápagos dos pobres, pois abriga fauna bem semelhante à encontrada no famoso arquipélago. A vantagem é que ali se gasta metade dos preços.


Rumo ao litoral norte, criadouros de camarões e plantações de banana dominam a paisagem, confirmando a liderança mundial do país na exportação dos dois produtos. Para apreciar o visual de modo autêntico, vale a pena encarar uma aventura no teto de uma chiva, o colorido ônibus com carroceria de madeira.


O ponto mais conhecido da costa norte é Esmeraldas, famosa por sua comunidade de negros, etnia que representa apenas 5% da população equatoriana.


A história conta que, em 1533, um navio espanhol com mercadorias e escravos afundou na região. Salvaram-se 17 homens e seis mulheres, que entraram pela selva. Mais tarde, uniram-se a eles outros escravos fugidos da Nicarágua. Isolados do resto do país, os negros de Esmeraldas mantiveram a cultura de seus ancestrais intacta por muitos anos. A comunidade só foi descoberta dois séculos mais tarde.


Hoje, a região –urbanizada, industrializada e rodeada por refinarias de petróleo– não é das mais atraentes. É preciso se deslocar mais ao norte para encontrar aldeias muito parecidas com as africanas, como as comunidades de La Tola, Limones e San Lorenzo. Nesses locais, a influência se manifesta em construções, comidas, festas, artesanato e, principalmente, no sincretismo religioso.


A porção africana do Equador. Veja as imagens:


*Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do DomTotal.




http://www.paroquiasantoafonso.org.br/?p=15449

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