Casal de Novo Hamburgo (RS) publica mensagens e fotos na web.
Juntos há cinco anos, eles se divertem com as comparações com música.
Rafaella FragaDo G1 RS
O romance de ficção de Eduardo e Mônica foi imortalizado na década de 1980 na letra composta por Renato Russo. Estava formado o casal mais famoso da música brasileira. Já os namorados Mônica Morás, 30 anos, e Eduardo Viero, 32, não são tão diferentes entre si quanto os protagonistas do sucesso da Legião Urbana. E antes mesmo de construir uma casa e pensar em ter “filhos gêmeos”, os dois resolveram antecipar e compartilhar um sonho em comum: conhecer o mundo.
O acaso com o título da canção gera diferentes reações e diverte o fotógrafo e a blogueira. “As pessoas acham graça, acham que estamos brincando. Mas quando dizemos que é de verdade, as pessoas se animam e a maioria comenta que não consegue pensar na gente, nos nossos nomes, sem cantar mentalmente a música”, conta Mônica aoG1. “Gostamos muito [da banda] e é quase impossível não ter algum tipo de relação com a maioria das músicas”, entrega ela.
O cenário para a história do casal gaúcho não é Brasília, terra natal de Renato Russo e que serve de pano de fundo para muitas das canções compostas por ele. O romance não-ficcional começou há cinco anos em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. E se o casal da Legião Urbana era “nada parecido”, Eduardo e Mônica da vida real têm uma característica em comum, que os une cada vez mais: a paixão por viajar.
“Inclusive quando nos conhecemos estávamos entre viagens, então a maior parte da nossa conversa foi voltada pra isso. Mas não sobre os destinos visitados, e sim sobre a nossa experiência pessoal em cada lugar, o quanto cada viagem tinha mexido com a gente e mudado a nossa forma de pensar sobre as coisas. E até hoje é assim”, relembra Mônica.
Mas de fato, Eduardo e Mônica se encontraram sem querer. Ele é natural de Dom Pedrito e ela de São Leopoldo, cidades separadas por mais de 400 km de distância. Até que, em um dia de 2010, na casa de uma amiga em comum, se conheceram. Desde então, não se separaram mais.
“Eu estava na casa de uma amiga nossa em comum que queria fazer um ensaio fotográfico com o Eduardo, quando ele chegou para conversar sobre como seria e marcar a data do trabalho. Nos encontramos sem querer naquele dia, conversamos muito sobre assuntos que tínhamos em comum quase sem parar e depois daquele dia nunca mais nos separamos, porque a vontade de se ver era imensa”, recorda ela.
Casal de prepara para embarcar para a Ásia(Foto: Arquivo pessoal)
A semelhança com a música, no entanto, para por aí. “O resto foi bem diferente”, confirma ela, que, ao contrário de sua homônima, não seguiu carreira na medicina, optando pela área de marketing.
Um mês de férias para viajar seria pouco para Eduardo e Mônica. Sem filhos, com boa saúde e algumas economias, resolveram conhecer o mundo. Em cinco anos de relacionamento, os dois já viajaram para mais de 30 países. Ao longo do último ano, desbravaram a Ásia. A experiência, segundo ela, mudou a vida do casal. Ela adiou os planos do mestrado e começou a pensar em empreender.
“Não existe apenas um país mais marcante, porque cada um tem uma particularidade, mas a Mongólia nos ensinou a ser feliz com muito pouco quando vivemos com uma família nômade, e a Tailândia nos ensinou a sermos mais espiritualizados e confiantes, quando mudamos de vez nosso estilo de vida e criamos um propósito paras nossas vidas”, comenta.
A viagem não é só turismo. O casal fez do hobby uma atividade profissional. Ele clica e ela escreve. Tudo é documentado em um site. “Temos objetivos e uma forma de pensar bem parecida, e tudo isso envolve viagem. E em uma viagem longa, nem tudo é perfeito e às vezes nos desentendemos, mas prevalece a nossa parceria e a vontade de seguir em frente em busca de um novo destino, uma nova experiência, uma nova possibilidade”, diz Mônica.
Os dois só vão recolocar o pé na estrada em julho, quando partem novamente pra Ásia. Os planos para celebrar o 12 de junho não inclui jantares refinados ou presentes caros. “Adoramos viajar, mas temos uma necessidade enorme de nos sentirmos em casa. Então nessa datas especiais preferimos apenas ficar em casa, seja onde for, e desligar do mundo com um bom vinho”, resume.
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