14/08/2015

Papa pede que juízes 'reforcem a paz'


Pontífice enviou carta a autoridades colombianas durante encontro jurista.





O papa Francisco pediu aos juízes da Colômbia que busquem soluções “que reforcem a paz”, em uma mensagem divulgada nesta quinta-feira pelas autoridades colombianas, durante um encontro de juristas para avaliar fórmulas de justiça transicional que permitam pôr fim ao conflito armado interno.


“Sua Santidade acompanha com orações os trabalhos, de modo que, no âmbito das instituições, contribuam com coragem e criatividade para identificar soluções que reforcem a paz e a justiça, em respeito à ordem jurídica nacional e internacional”, diz a carta dirigida ao presidente da Suprema Corte de Justiça da Colômbia, José Bustos.


O documento, divulgado pela presidência da Colômbia no marco do encontro “Justiça transicional, paz e pós-conflito”, que acontece até sexta-feira na cidade de Cartagena das Índias (norte) com a presença de juízes e magistrados, assegurava também que para o papa o tema da reunião “é de crucial importância para o futuro da Colômbia” e do mundo.


O presidente Juan Manuel Santos, cujo governo sustenta diálogos de paz em Cuba desde novembro de 2012 com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas) para pôr fim ao conflito armado de mais de meio século, participou do encontro e agradeceu aos juristas que abordaram estes temas. “Muito obrigado (…), prezados magistrados e juízes da jurisdição ordinária, por dedicar este encontro para pensar a paz, buscar fórmulas para a justiça transicional e imaginar o pós-conflito”, declarou.


Santos também assegurou em seu discurso que o tema da justiça é “o maior obstáculo que temos de superar para avançar até o acordo final” de paz. “Se este obstáculo for superado, eu digo claramente, teremos avançado o suficiente para pensar na possibilidade de um cessar-fogo bilateral e definitivo”, completou o mandatário.


O conflito armado colombiano, no qual durante mais de cinco décadas participaram guerrilhas paramilitares e agentes estatais, deixou oficialmente ao menos 220.000 mortos e seis milhões de deslocados.



AFP

 



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