30/03/2016

Taxa extra na conta de luz deixará de ser cobrada em abril

Segundo a Aneel, a recomposição dos reservatórios, redução da demanda de energia e novas usinas foram responsáveis pela mudança tarifária. Mas, a partir do dia 22 de abril, a conta de luz no Ceará ficará mais cara


A cobrança da taxa extra na conta de luz não será mais cobrada do consumidor no mês de abril. Ontem a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a bandeira tarifária verde para o próximo mês.


De acordo com a agência, a evolução positiva do período úmido de 2016, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas; o aumento de energia disponível com redução de demanda; e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro contribuíram para a redução. A bandeira verde em abril já era aguardada, conforme anúncio do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, depois que o Governo Federal autorizou o desligamento de algumas usinas termelétricas.


As bandeiras tarifárias são aplicadas a todos os consumidores, multiplicando-se o consumo (em quilowatts-hora, kWh) pelo valor da bandeira (em reais), se ela for amarela ou vermelha. Em bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3 (patamar 1) e R$ 4,50 (patamar 2), aplicados a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos. A bandeira amarela representa R$ 1,50, aplicados a cada 100 kWh (e suas frações). O sistema foi regulamentado pela Aneel em dezembro de 2012. A cobrança entrou em vigor em janeiro de 2015.


Reajuste na conta


A conta de luz dos cearenses vai ficar mais cara a partir de 22 de abril. No próximo dia 19, ocorrerá a reunião pública da diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que vai definir o reajuste tarifário anual da Coelce. Apesar de ainda não ter um percentual prévio, especialistas acreditam que este ano o reajuste ficará mais próximo da inflação do período.


“No ano passado tivemos uma grande alta porque houve represamento dos preços nos anos anteriores. Este ano não tem mais isto. E também não houve grandes mudanças nos contratos de energia, então acredito que ficará mais próximo da inflação”, afirmou o consultor de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Jurandir Picanço.


A opinião é compartilhada pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Tomaz Nunes Cavalcante Neto, que lembra que as condições hidrológicas do País estão muito mais confortáveis que em 2015. “No ano passado, o Brasil estava com apenas 30% da capacidade dos reservatórios das hidrelétricas, que representam 70% da base da nossa energia. Hoje estamos com mais de 50%”.


O Povo



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