18/04/2016

Cáritas Portuguesa une-se ao Papa Francisco para apelar ao acolhimento

Conselho Geral aprovou eixos estratégicos da organização católica até 2020


Vila Real, 18 abr 2016 (Ecclesia) – O Conselho Geral da Cáritas Portuguesa manifestou a sua “solidariedade” ao Papa, em defesa dos refugiados, após a viagem que Francisco realizou este sábado à ilha grega de Lesbos.


Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a organização católica recorda que Lesbos é um dos principais pontos de chegada de migrantes e refugiados à Europa.


“O Conselho partilha da posição da Igreja que é necessário acolher todos aqueles que, sem alternativa, fogem dos seus países em ruínas e que procuram na Europa o acompanhamento e uma resposta assertiva que lhes dê condições de vida mais dignas”, referem os responsáveis da Cáritas, depois de uma reunião que decorreu entre sexta-feira e domingo, em Vila Real.


O comunicado observa que esse acolhimento não deve substituir o “esforço de paz” necessário no mundo e no Médio Oriente, em particular.


“Que essa paz garanta sempre a presença das suas diversas expressões identitárias e religiosas”, prosseguiu.


O Conselho Geral da Cáritas Portuguesa aprovou ainda os eixos estratégicos que vão marcar a atuação da instituição entre 2017-2020.


A instituição católica destaca que a ação vai evidenciar-se em duas linhas estratégicas específicas: “A atenção e acompanhamento e a presença e transformação”.


A reunião agregou 17 das 20 Cáritas Diocesanas que constituem o conselho e manifestou “preocupação” com a comunicação digital, que foi considerada uma “questão fundamental”, e decidiu “apostar” nas novas plataformas digitais, comprometendo-se com o desenvolvimento de uma “estratégia consolidada” para a comunicação da Cáritas em Portugal.


No encontro, os relatórios atividades e contas do ano de 2015 foram aprovados e também foi apresentado o módulo do programa ‘+ Próximo’ sobre a Pastoral Penitenciária.


Um dos grandes objetivos da Cáritas tem sido, a partir da realidade particular de cada comunidade, responder aos “desafios locais sem esquecer os enquadramentos globais”, em linha com uma “estratégia global” que tem sido seguida pela Caritas Internationalis e com um quadro estratégico definido recentemente pela Caritas Europa.


Segundo o comunicado, na sessão de abertura, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, realçou a importância do encontro e da ordem de trabalhos.


D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, reforçou que o planeamento estratégico e o esforço da Cáritas tem de ser “reconhecido” e, cada vez mais, “contribuir para a mentalidade” que só em conjunto são capazes de “construir uma verdadeira cultura da atenção”.


CB/OC



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