Inquérito internacional, desenvolvido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, revela que oito em cada 10 cidadãos de 18 anos acredita que os jovens correm perigo de sofrer abusos sexuais ou de que se aproveitem deles na internet
Mais de metade dos jovens está ciente que os seus amigos adotam comportamentos de risco enquanto navegam na internet, e oito em cada 10 acreditam que os mais novos correm perigo de sofrer abusos sexuais ou de serem vítimas de aproveitamento através dos contactos mantidos na rede virtual, segundo um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
A investigação baseou-se numa consulta a mais de 10 mil jovens de 18 anos, residentes em 25 países, e concluiu que os adolescentes parecem ter confiança na sua capacidade para manter-se a salvo dos perigos que podem representar os contatos virtuais, mas apenas 36 por cento revelou ter capacidade para poder distinguir as pessoas que mentem sobre a sua identidade na internet.
Quando acontecem ameaças na rede, a maioria dos adolescentes disse recorrer mais aos amigos, do que aos pais ou aos professores, havendo, todavia, um grande número de jovens que admitiu saber como se deve ajudar um amigo perante uma situação de risco.
Para Cornelius Williams, diretor-adjunto de Proteção da Infância na UNICEF, o importante é haver uma resposta coordenada para garantir a segurança dos menores. «Quando os jovens, os governos, as famílias, o setor das tecnologias de informação e comunicação e as comunidades trabalham juntos, é mais provável encontrar melhores sistemas para responder à exploração e ao abuso sexual na rede», sublinhou o responsável.
Fátima Missionária
Maioria dos jovens reconhece correr perigo na internet, alerta Unicef
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