03/06/2016

Papa: O sacerdote «só pode ter dois tesouros, Deus e as pessoas»

Francisco celebrou na Praça de São Pedro a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, perante milhares de padres e presbíteros


Cidade do Vaticano, 03 jun 2016 (Ecclesia) – O Papa desafiou hoje na Praça de São Pedro, em Roma, os sacerdotes a configurarem continuamente o seu ministério ao exemplo de Cristo, durante a celebração da solenidade do Sagrado Coração de Jesus.


Numa missa incluída no Jubileu dos Sacerdotes que o Vaticano está a acolher, Francisco salientou que à semelhança de Cristo, o Bom Pastor, o coração do sacerdote “só pode ter dois tesouros: Deus e as pessoas”.


O Papa argentino destacou depois três verbos que devem reger a ação de todos os presbíteros: “buscar, incluir e alegrar”.


Segundo Francisco, um pastor com um coração à imagem de Jesus “aventura-se no risco” e “não descansa enquanto não encontra a ovelha perdida”.


“Mete mãos à obra” sem olhar para o relógio ou “exigir pagamento de hora extraordinária”, e não pensa “hoje já fiz o meu dever, continuo amanhã”, salientou.


 Ainda sobre o ministério sacerdotal, Francisco frisou a importância de padres que mais do que “a sua comodidade”, estejam preocupados com o bem-estar das suas paróquias.


“Como Jesus, o sacerdote será caluniado, mas sem medo ele arrisca tudo” porque “a Igreja é a sua família e a sua vida”, ele “conhece as suas ovelhas pelo nome”, apontou.


Um padre “é ungido para o povo, não para os seus próprios projetos” e encontra a alegria na “misericórdia que gratuitamente doa”.


“A sua alegria nasce do perdão, da vida que renasce, do filho que retorna a casa, é uma alegria pelos outros e com os outros”, ele deve ser “um canal de misericórdia e aproximar o Homem do coração de Deus”, sustentou o Papa.


Francisco terminou a sua homilia agradecendo o “sim” de todos os sacerdotes presentes, em especial aqueles “sins custosos do dia-a-dia, que só Deus sabe”.


Desafiou ainda os participantes do Jubileu a “questionarem” em cada dia “a sua “identidade de pastores”, a razão do seu ministério, e a renovarem as suas promessas de ordenação.


“Neste vosso sim a doar a vida unidos a Jesus, está a base mais pura da vossa alegria”, concluiu.


JCP



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