05/08/2016

Jogos Olímpicos: Um acontecimento global entre a «grande relevância» e os interesses «nada recomendáveis»

D. Antonino Dias sugere que se acompanhem os 92 atletas portugueses sem «maldizer»


Lisboa, 05 ago 2016 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco afirmou que os Jogos Olímpicos são um acontecimento global que “é festa, é espetáculo, é arte, é cultura”, continuam a ser “de grande relevância” e movimentam interesses, “alguns nada recomendáveis”.


“Desde que o desporto se profissionalizou e o prémio deixou de ser uma coroa de oliveira brava e os objetivos iniciais se foram desvirtuando, tudo é diferente, mas os jogos continuam a ser importantes e de grande relevância para toda a comunidade humana”, escreve uma D. Antonino na página pessoal da rede social Facebook.


Para o bispo de Portalegre-Castelo Branco, a competição dos Jogos Olímpicos “movimenta multidões de pessoas e não menos interesses, alguns nada recomendáveis, como a exploração, a idolatria, a corrupção de dirigentes e atletas”


“A saúde, a cooperação, o respeito mútuo, a amizade entre os povos, a justiça e a paz, o trabalho, o esforço, o treino disciplinado, a alimentação a condizer, o autocontrolo, o cumprimento das regras, a dedicação, o fair-play, a beleza na diversidade, tudo, tudo são valores que o desporto e a própria competição promovem”, acrescenta.


D. Antónino Dias indica as referências bíblicas sobre o desporto e as propostas do Concílio Vaticano II, onde se sugere que “os tempos livres sejam também ocupados com exercícios e manifestações desportivas, muito úteis para manter o equilíbrio psíquico e estabelecer relações fraternas entre os homens de todas as condições, raças e países”.


“João Paulo II desejava ardentemente que os atletas fossem campeões no estádio, mas também lhes pedia que fossem “modelo para milhões de jovens que têm necessidade de ‘líderes’ e não de ‘ídolos’». Francisco também tem deixado interessantes desafios nesta área”, lembra o também presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família.


D. Antonino Dias recorda que os Jogos Olímpicos nasceram em Olímpia, na Grécia antiga, muitos séculos antes de Cristo e têm por desafio conseguir ser “mais rápido (Citius), mais alto (Altius), com mais força (Fortius)”.


“Acompanhemos os jogos, no Brasil: 92 portugueses, alguns com um currículo invejável, vão competir em 16 modalidades. Façamo-lo sem exagerar na “cultura do sofá” e do zapping. E sem entrar naqueles tristes jogos do “inverno da vida” que têm muitas e sofisticadas modalidades: protestar, gemer, tossir, espirrar, amuar, maldizer…” concluir o texto do bispo de Portalegre-Castelo Branco.


PR



Jogos Olímpicos: Um acontecimento global entre a «grande relevância» e os interesses «nada recomendáveis»

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