Construir
a nossa história e, ao mesmo tempo, ter uma história para contar, só a partir do
mistério pascal, do Senhor Ressuscitado. Neste sentido contamos com as palavras
do Apóstolo Paulo, a nos assegurar com absoluta certeza a realidade da Ressurreição:
“Transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo recebi: Cristo morreu
por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze. Em
seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, a maioria dos quais
ainda vive, enquanto alguns já adormeceram. Posteriormente apareceu a Tiago, e,
depois, a todos os apóstolos. Em último lugar, apareceu também a mim, o abortivo”
(1Cor 15, 3-8).
O
Senhor Ressuscitado quer ser, através de nós, a Igreja viva e ativa, que unidos
e alimentados por sua graça, do ponto de vista da fé, nos tornamos seus
seguidores apaixonados e autênticos. Por
isso mesmo, a fecundidade de nossa vida, tem sua origem no fato de ser o
próprio Jesus Cristo o verdadeiro alimento, que compreendemos com clareza na
alegoria do ramo que é sustentado pela seiva do tronco, no qual está unido (cf.
Jo 15, 1-8).
Aqui
entra o caminho percorrido pelo testemunho da caridade, alimentado na força do
Evangelho e da Eucaristia. Alimentado pela esperança de que devemos caminhar e viver
na alegria, construindo a nossa própria história, tendo por base a fé. Viver o
nosso Batismo é mostrar ao mundo que o cristianismo não é somente “leis e
normas", mas algo extremamente profundo, belo e maravilhoso. Daí a vontade
de viver, numa busca de transformação, pessoal e comunitária. Como seria bom,
se o nosso batismo fosse uma grande profecia, a exemplo de tantos irmãos que
nos precederam. E
aqui tenho na mente e no coração os Missionários Redentoristas na nossa cidade
de Fortaleza.
Recebi um presente, neste dia 08
de maio de 2012, do casal José Maria e Cileide, gente da melhor estirpe, um belo
maravilhoso livro do Padre Gilberto Paiva, com seguinte título: A Vice-Província
Redentorista de Fortaleza. Livro que conta a bonita história dos cinquenta anos
da chegada dos Missionários Redentoristas Irlandeses (1960-2010). Eles pisaram no solo brasileiro pela primeira
vez no dia 7 de maio de 1960, quando o navio atracou no porto do Rio de Janeiro.
Segundo Padre Bernardo Holmes, ao
apresentar a obra de 736 páginas, dos Missionários Redentoristas, faz a
seguinte afirmação: “Vieram com muita coragem, criatividade, energia e
esperança. Vieram também com o sangue quente!” Diz mais: “Aqui está o resultado
desse grande mutirão. Tem muita coisa. E certamente está faltando muito coisa (...)”,
apesar da volumosa obra. “Quem verdadeiramente encontrou Cristo, não pode guardá-lo
para si; tem de anunciá-lo” (cf. João Paulo II, NMI, 50).
Estamos, portanto, diante da
grande realização dos nossos queridos Irmãos e Missionários Redentoristas, nos
cinquenta anos de história, narrada e muito bem narrada, neste trabalho, que
segundo o atual Vice-Provincial, Padre Eridian Gonçalves de Lima, “constitui-se
uma fonte de memórias. Através dele, o leitor entra em contato com a realidade
atual da Vice-Província de Fortaleza e acompanha os desafios enfrentados pelos
primeiros missionários, jovens irlandeses, recém-ordenados, que, imbuídos do
verdadeiro espírito missionário, atravessaram o Atlântico, deixando para trás
familiares, amigos e todo um modo de vida (...). Pense numa obra enriquecedora,
que com certeza, se perpetuará na história da nossa cidade de Fortaleza e do
nosso Estado do Ceará.
pegeovane@paroquiasantoafonso.org.br
http://blogsantoafonsoce.blogspot.com/
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