18/07/2012

Igreja em Portugal quer humanizar Turismo


D.R.
Lisboa, 17 jul 2012 (Ecclesia) – O diretor da Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT), organismo da Igreja Católica, referiu hoje que a nova estrutura quer ajudar a que o setor seja “verdadeiramente digno da pessoa humana”.
“O turismo, pela sua natureza, tem de estar ao serviço do desenvolvimento integral da pessoa humana, numa visão integrada de todas as suas dimensões – física, psíquica, afetiva, cognitiva, social e espiritual. Ora, é aqui que a Igreja se situa”, assinala o padre Carlos Godinho, num texto que integra a mais recente edição do Semanário Agência ECCLESIA.
Para este responsável, a ONPT deve procurar “responder às inquietações mais profundas da pessoa humana, iluminando a sua existência, com recurso aos meios que são colocados ao seu dispor e de que pode usufruir na prática da atividade turística”.
“Essencialmente, pretendemos criar um turismo de rosto verdadeiramente humano, enquanto portador de uma resposta global às inquietações sobre o sentido pleno da vida. Isto é, um turismo que, na imanência do agir humano, abra ao homem dimensões profundas de transcendência”, refere.
Sandra Costa Saldanha, diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja e vogal da ONPT, sublinha, por sua vez, a “vasta dimensão a explorar no que à comunicação patrimonial concerne, verdadeiramente universal e congregadora, onde a Igreja poderá, com legitimidade, promover uma genuína presença pública da fé”.
“Comunicar pode bem passar pelo recurso a meios escassamente aproveitados: a linguagem da arte, a peculiaridade do património, a potenciação do turismo”, acrescenta a responsável, no editorial semanal da Agência ECCLESIA.
Já o frei Miguel de Castro Loureiro, religioso franciscano e comissário da Terra Santa em Portugal, fala do “valor acrescentado” da peregrinação, convidando as pessoas a “descobrir e aceitar o simbolismo da sua caminhada”.
“Não é simples turismo; existe, não o poderemos negar, uma dimensão cultural da peregrinação. No entanto, sem a dimensão da fé, a própria peregrinação não existiria”, observa.
No caso particular da Terra Santa, região que viu nascer Jesus e a Igreja, essa peregrinação “significa colocar-se a caminho e fazer da viagem um ‘itinerário da alma’”, sustenta o sacerdote, também vogal da ONPT.
dossier do Semanário Agência ECCLESIA hoje publicado é dedicado às várias dimensões do Turismo e à presença no setor da Igreja Católica em Portugal.
OC


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