16/09/2012

Concílio Vaticano II obriga à reflexão


FÁTIMA
Conversas Contemporâneas
a Batista | Foto Ana Paula | 16/09/2012 | 12:11
Maria Carlos
No ano em que se comemoram os 50 anos do Concílio Vaticano II, Maria Carlos, licenciada em Teologia, espera que o momento leve à reflexão para encontrar formas de «falar ao mundo hoje»
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A poucas semanas do início do «Ano da Fé», marcado para 11 de outubro, e que vai assinalar o quinquagésimo aniversário do Concílio Vaticano II, Maria Carlos, licenciada em Teologia, deslocou-se a Fátima, a convite dos Missionários da Consolata, para dar uma conferência sobre «Fé e Missão no Vaticano II», no âmbito do primeiro ciclo de «Conversas Contemporâneas Consolata». «Assinalar aquilo que foi um grande momento da Igreja no século XX, obriga-nos a fazer também um exercício sobre os nossos tempos», disse Maria Carlos, manifestando a esperança que «o momento celebrativo seja um tempo de reflexão sobre os nossos tempos» para «encontrarmos formas de falar ao mundo hoje».
Maria Carlos, que trabalha no Centro de Segurança Social da Madeira e faz parte do Graal (Movimento Internacional de Mulheres), espera que a comemoração dos cinquenta anos do Concílio «seja uma grande oportunidade para as novas gerações, lerem os documentos». As gerações mais jovens são «produto daquilo que foi a reflexão do Concílio Vaticano II», referiu. «O que me parece que falta», disse Maria Carlos, «é voltarmos aos textos». Se nós voltarmos de novo aos textos, redescobrimos como é que se pode hoje fazer a leitura dos nossos tempos. Porque é na medida em nos apropriamos de coisas passadas, que depois é possível de as fazer presentes e, sobretudo, utilizá-las para o futuro», referiu. «Eu espero que as gerações mais jovens não ouçam só contar, espero que estudem os documentos», frisou.
O Concílio Vaticano II foi «certamente, um acontecimento que marcou, e do ponto de vista dos católicos, marcou gerações», explicou. «Foi um acontecimento muito importante a nível mundial. Teve impacto no mundo todo», referiu. Maria Carlos lembrou um «pequeno pormenor» que, na sua opinião, também contribuiu para que o Concílio fosse «diferente dos outros todos»: «a utilização das tecnologias de ponta da altura» como os «microfones e luz elétrica».
Representante dos Jovens Missionários da Consolata (JMC) da zona sul, Catarina Ciríaco, de 20 anos, estudante de Gestão de Recursos Humanos, inscreveu-se no ciclo de conferências porque embora «habituada» às «formações e reuniões» dos JMC sentiu a necessidade de conhecer «outros grupos e ter acesso a formações mais gerais, que também são muito importantes». «Não podemos ficar sempre na mesma rotina e com os mesmos tipos de experiências», referiu a jovem. «Achei que as conferências são muito importantes pelo facto de serem contemporâneas e de nos levarem a refletir sobre o meio atual e sobre o qual nós somos chamados a intervir todos os dias com a nossa atividade», explicou. 

Assim como Catarina, também Margarida Monteiro, estudante de 17 anos, está a participar no ciclo de conferências. A jovem integra o grupo de Jovens Missionários da Consolata da zona Sul e revela que as palestras dão aos participantes «uma 'dose' de informação muito grande para um dia» mas «o importante fica retido», explica. As formações são importantes para se «ser um missionário bem informado e qualificado», refere. 

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