A possibilidade de guardar as células-tronco do cordão umbilical de bebês está mais próxima para os futuros pais de Fortaleza. Isso porque, o Banco de Cordão Umbilical - BCU, maior banco de cordão umbilical da América, está atuando também com um escritório na cidade. A ideia é extrair as células-tronco do cordão umbilical no momento do parto e armazená-las em bolsas bipartidas, para que, se necessário, sejam utilizadas para tratar doenças como linfoma, leucemia, paralisia, dentre outras. As células-tronco são utilizadas com sucesso no tratamento de cerca de 80 doenças e mais de 200 patologias estão em estudo.
As células-tronco são células virgens que não sofreram ações do meio externo, e que podem se diferenciar em todos os tecidos do corpo humano, como ossos, sangue e órgãos. Segundo estudos, as células que foram congeladas há 25 anos, ainda estão aptas para uso. A utilização de células-tronco adultas, extraídas do sangue do cordão umbilical, é totalmente autorizada pelas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
Centro de Pesquisa
O laboratório de pesquisa do Banco de Cordão Umbilical, incubado na Unidade de Pesquisa Transferência Biotecnológica e Inovação, trabalha no desenvolvimento de um banco de células-tronco expandidas para terapias celulares e diagnósticos genéticos de células-tronco congeladas e cultivadas. O projeto visa a implementação de técnicas que permitirá reproduzir células com as mesmas funções originais, ou seja, com a capacidade de produzir os componentes do sangue que podem colaborar na regeneração de órgãos e tecidos danificados em acidentes, auxiliar nos tratamentos que envolvem quimio ou radioterapia ou de doenças congênitas. Tais estudos (ex.: multiplicação das células-tronco) irão permitir novas perspectivas para o setor.
Além disso, a questão mais atual e intrigante das empresas que oferecem esse tipo de serviço é se o cultivo in vitro das células-tronco do cordão umbilical, por um determinado período de tempo, poderia levar ao acúmulo de alterações genéticas e epigenéticas, resultando em um processo neoplásico. Alterações cromossômicas estruturais, tais como deleções, translocações e inversões, representam um mecanismo importante pelo qual as células cancerígenas desenvolvem-se gradualmente, uma vez que estas alterações cromossômicas podem levar a uma expressão anormal de muitos genes, podendo desencadear assim o processo neoplásico.
Desta forma é de importante o emprego de técnicas de citogenética humana clássica e molecular no controle e monitoramento das células-tronco cultivadas, que serão utilizadas na terapia em seres humanos.
Saiba mais
O escritório do Banco de Cordão Umbilical, em Fortaleza, está localizado na Torre Saúde do Hospital São Mateus e é dirigido pelos Drs.: Fabricio Sousa Martins e Karla Cavalcanti. Atualmente, o BCU já conta com diversas amostras armazenadas das gestantes cearenses.
http://www.bcubrasil.com.br/
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