08/11/2012

Em defesa das «torres de água» quenianas


Mundo
Texto Miguel Marujo | Foto Ana Paula | 08/11/2012 | 10:57
O Quénia deve agir com um «roteiro» para reverter a desflorestação no país. Este apelo surge num momento em que foi elaborado um documento sobre o valor económico de cinclo florestas em terras altas quenianas
IMAGEM
Na sequência de um diálogo nacional sobre o valor económico de zonas altas florestadas no Quénia, um responsável pelo ambiente da ONU lançou esta quarta-feira o apelo para que «os resultados desta reunião forneçam uma agenda que ultrapasse a forma como as florestas eram vistas numa determinada época». 

As palavras do diretor executivo do Programa Ambiental das Nações Unidas (PNUMA), Achim Steiner, foram ditas na conclusão de uma reunião de três dias, na sede deste organismo na capital queniana, Nairobi, com o título «Torres de Água, Florestas e Diálogo Nacional para uma Economia Verde». 

A reunião centrou-se em cinco florestas de altitude, também conhecidas por «torres de água» do Quénia, devido ao facto de que essas florestas armazenam água durante a estação das chuvas e a libertam lentamente, garantindo assim o fluxo de água durante o período seco, segundo explicou um comunicado do PNUMA. 

A nova Constituição do país apela ao aumento de cobertura florestal para 10 por cento, o que, juntamente com o aumento da procura pública para deter e reverter a desflorestação, «tem o potencial de desencadear um investimento sem precedentes no setor florestal», notou o PNUMA. 

«O Quénia já sinalizou a sua intenção de construir este capital natural como um motor vibrante e sustentável de crescimento e prosperidade», sublinhou Steiner. «Existe agora uma oportunidade única para traduzir esta intenção pioneira e louvável para a sua implementação».

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