02/11/2012

Portugal: Igreja e Governo debatem situação dos emigrantes


Encontro de promotores socioculturais vai decorrer em Fátima com atenção particular para os mais carenciados

D.R.
Fátima, Santarém, 02 nov 2012 (Ecclesia) – A Igreja Católica e o Governo português vão promover entre hoje e domingo um encontro de promotores socioculturais que trabalham nas comunidades lusas, dentro e fora da Europa, para analisar “questões conexas com a emigração”.
A iniciativa, marcada para Fátima, pretende identificar “as dificuldades e necessidades, a fim de promover a ajuda mútua no ultrapassar das mesmas e reforçar os laços de solidariedade entre os membros das comunidades, nomeadamente com os carenciados”.
Segundo comunicado enviado pelos promotores da iniciativa à Agência ECCLESIA, este encontro visa ainda “reforçar a ligação dos portugueses residentes no estrangeiro à vida social, política, cultural e económica de Portugal e dos países onde residem”.
A reunião é organizada pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas em parceria com a Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) e a Cáritas Portuguesa.
A sessão de abertura, às 15h30, conta com a presença de  José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e de D. Jorge Ortiga, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
José Cesário tem vindo a afirmar que o número de portugueses que emigram, anualmente, se situa entre os 100 mil a 150 mil.
Os trabalhos incluem vários painéis sobre o tema central ‘Conhecimento e partilha da realidade sociocultural das comunidades: Identificação de potencialidades e necessidades’.
Os economistas João Duque e João Ferreira do Amaral vão falar, no sábado, sobre ‘Portugal depois da crise’.
Na última semana nacional de migrações, promovida anualmente pela Igreja Católica em agosto, o diretor da OCPM referiu à ECCLESIA que as Missões Católicas portuguesas no estrangeiro podiam vir a assumir alguns dos serviços prestados nos consulados portugueses que foram encerrados.
“Com o redimensionamento da rede consular que o Estado tem estado a fazer, muitas comunidades ficaram a grandes distâncias dos consulados e das embaixadas”, apontou o frei Francisco Sales.
O religioso defende que “chegou a altura, mais do que nunca, de o Estado procurar a descentralização [dos seus serviços] e aproveitar as redes que estão no terreno”, como é o caso das Missões Católicas.
OC

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