13/01/2013

Condições para ficar em Portugal


Organizações católicas promovem em Fátima encontro «Entre o direito a e a não emigrar»

João Aguiar | Lisboa - Padrão dos Descobrimentos
Lisboa, 11 jan 2013 (Ecclesia) – O diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) considera que as sociedades devem “ter a obrigatoriedade” de criarem as condições necessárias para que as pessoas se possam fixar nas suas terras.
No contexto atual de “crise económica mundial”, frei Francisco Sales afirmou ao ECCLESIA que é “difícil quantificar” as saídas de Portugal, mas foi notório “um crescimento muito acentuado” das comunidades de portugueses no estrangeiro.
Os responsáveis pelas missões católicas nos vários países da Europa “falam que o número de pessoas duplicou” nas comunidades, realça frei Francisco Sales e acrescenta: “A Suíça continua ser o país para onde vão mais portugueses”.
A comunidade portuguesa no Luxemburgo também tem aumentado exponencialmente, mas este país, “tão pequeno, confronta-se com o desemprego”.
No início deste ano escolar, no Luxemburgo, “foram mais de 500 crianças que entraram como novos alunos”, avançou.
A partir de hoje até domingo vai decorrer o encontro de agentes sócio-pastorais das migrações, em Fátima, e vai ter como tema «Entre o direito a e a não emigrar».

Com uma “taxa de emigração crescente e com as circunstâncias socioeconómicas em que esse aumento acontece”, os promotores do encontro - Obra Católica Portuguesa das Migrações em parceria com a Agência ECCLESIA e a Cáritas Portuguesa – pretendem refletir sobre estes movimentos migratórios e as consequências destes fluxos.
Peritos nas questões migratórias, líderes das missões católicas da Europa e responsáveis políticos eleitos pelos círculos da emigração vão participar num debate que “irá oferecer a oportunidade de conhecer de perto o que de facto está a acontecer, quem sai de Portugal e as motivações que leva na bagagem”, lê-se no comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Segundo o diretor da OCPM, este fluxo migratório deve-se, particularmente, às famílias que “perderam os seus meios de subsistência e de muitos jovens que terminam os seus cursos e nunca conseguiram o primeiro emprego”.
Esta saída de Portugal tem deixado mágoas em muitos emigrantes e, “muitos deles, dizem que estão frustrados e não querem voltar mais ao país”, salienta frei Francisco Sales.
A última edição do semanário ECCLESIA digital aborda a temática da emigração com vários ângulos de abordagem.
PTE/LFS

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