Durante 30 anos, na França, professora Leda Rouquayrol intermediou laços entre América Latina e Europa
Por sua contribuição ao ensino, a professora Leda Rouquayrol Guillemette foi nomeada, por decreto do presidente da França, François Hollande, com a comenda Chevalier dans l´Ordre des Palmes Académiques, uma das mais antigas e prestigiosas condecorações francesas, datando da época de Napoleão I.
A medalha concedida a Leda Rouquayrol Guillemette é uma das mais antigas e prestigiosas condecorações francesas, datando da época de Napoleão I
A medalha que Leda recebeu, no último 18 de janeiro, é fruto dos 30 anos de trabalhos realizados na França no campo do ensino, pesquisa e aproximação entre América Latina e Europa.
Durante o período em que Leda esteve na França, a professora brasileira foi atuante no país intermediando laços entre América Latina e Europa, chegando a criar um curso de mestrado em Comércio Exterior com especialidade na América Latina, que se destacou pelo seu caráter inovador. A partir daí, os alunos, além de estudar Direito, Economia, Finanças e Marketing, tinham aulas de português do Brasil, espanhol da América Latina e francês para os estrangeiros que vinham fazer o curso e inglês dos Estados Unidos.
Reconhecimento
"Ser homenageada foi uma experiência maravilhosa, porque é um reconhecimento de todo o meu trabalho e prova que a França considera minhas pesquisas importantes tanto para o país, como para o Brasil", comenta. A professora explica que, há 30 anos, quando chegou ao país europeu, a França tinha outra visão do Brasil. "Viam como um lugar subdesenvolvido, por isso, minha luta foi muito grande, mas, aos poucos, à medida que trabalhava para estreitar os laços por meio das minhas pesquisas e estudos, vi o crescimento e o reconhecimento do nosso País pelos franceses", avalia.
A iniciativa de estreitar relações entre América Latina e Europa também obteve frutos no campo da pesquisa, em que professores da França vieram ao Brasil para desenvolver trabalhos, da mesma forma que brasileiros também foram à França com a intenção de amadurecer suas pesquisas por meio da troca de conhecimento e experiência. "Apesar de não ter sido um trabalho simples, tudo vale a pena. Cada troca foi única e de extrema importância para a relação entre os dois países", afirma.
Unifor
De acordo com Leda Guillemette, um momento marcante das relações entre o Brasil e a França foi a outorga do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Havre em 2012 para o chanceler da Universidade de Fortaleza, Airton Queiroz.
Atualmente, Leda trabalha na Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Unifor, onde realiza a ponte entre a Unifor e as universidades europeias no campo da pesquisa. Professores das duas universidades viajam entre os países com o objetivo de trocar informações voltadas para um campo específico, visando a benefícios para a sociedade como um todo. Além disso, a professora coordenou os programas de intercâmbio da Universidade do Havre com o Brasil dando ênfase à mobilidade de alunos e de professores pesquisadores nos setores de comércio internacional, direito e energias renováveis. Leda também foi coordenadora de dois projetos do programa europeu Alfa e incentivadora da participação francesa no programa brasileiro Ciência sem Fronteiras.
Diário do Nordeste
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