16/05/2013

Cannes: Steven Spielberg rejeita clima de 'competição'

'São duas semanas de celebração', afirmou ele na abertura do evento.
No Oscar deste ano, cineasta foi derrotado com 'Lincoln'.

Da AFP
Tópicos:A partir da esquierda, o júrio de Cannes 2013: os diretores Lynne Ramsay, Ang Lee e Steven Spielberg, a atriz Nicole Kidman, o ator Daniel Auteuil, a atriz indiana Vidya Balan, o ator Christoph Waltz, a diretora japonesa Naomi Kawase e o diretor Cristian Mungiu  (Foto: Anne-Christine Poujoulat/AFP)A partir da esquierda, o júri de Cannes 2013: os diretores Lynne Ramsay, Ang Lee e Steven Spielberg, a atriz Nicole Kidman, o ator Daniel Auteuil, a atriz indiana Vidya Balan, o ator Christoph Waltz, a diretora japonesa Naomi Kawase e o diretor Cristian Mungiu (Foto: Anne-Christine Poujoulat/AFP)
Steven Spielberg, presidente do júri do 66º Festival de Cannes, disse nesta quarta-feira (15) ter o prazer de estar no centro de "duas semanas de celebração do cinema e não de duas semanas de competição", enquanto a atriz Nicole Kidman se disse muito feliz por poder, pela primeira vez, passar duas semanas na Croisette.
"Os filmes estão sempre competindo uns com os outros para atrair público nos cinemas", explicou o diretor de "E.T. – O extraterrestre" (1982) e "Lincoln" (2012) na coletiva de imprensa do júri, antes da abertura oficial do festival nesta quarta à noite.
Para ele, Cannes é "um evento cultural global'. "São duas semanas de celebração do cinema e não duas semanas de competição entre filmes." Spielberg, que pareceu mau humorado no último Oscar, onde seu filme Lincoln disputou a estatueta dourada, considera "revigorante" não existir em Cannes "campanhas", como acontece em Hollywood em favor de um filme ou outro.
Entre os demais membros do júri, a atriz Nicole Kidman, que participou de várias edições do festival, se mostrou feliz por finalmente poder passar as "duas semanas" no local.
Para Christoph Waltz, "um prêmio é um pouco como uma boa sessão de psicanálise, é o resultado de um bom trabalho entre um cliente e um psicanalista. Portanto, espero que as discussões se mantenham no nível mais elevado entre esses artistas extraordinários".
O diretor romeno Cristian Mungiu, Palma de Ouro em 2007 por "Quatro meses, três semanas, dois dias", admitiu, entretanto, ser "muito difícil julgar os filmes", mesmo que "após alguns anos a gente saiba se um filme é bom ou não". "O que eu estou procurando é a honestidade do diretor", disse.
Um sentimento compartilhado pelo diretor vencedor do Oscar Ang Lee, para quem "a honestidade é a chave". "Vamos tratar de questões de estilo, questões políticas ou sociais através dos vários filmes que vamos ver." E então, em algum momento "algo irá nos afetar, não podemos nem mesmo colocar palavras sobre isso, e para nós este receberá a Palma de Ouro".
Por fim, o francês Daniel Auteuil contou ter visto "muitas, muitas Palma de Ouro", e explicou que "queria descobrir com os meus amigos o filme que será referência".

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