Francisco presidiu a missa no Encontro Mundial de irmandades e confrarias católicas
Cidade do Vaticano, 05 mai 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco elogiou hoje no Vaticano as manifestações populares da fé num encontro com dezenas de milhares de membros de irmandades e confrarias católicas inserido no Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013).
“A piedade popular, de que sois uma importante manifestação, é um tesouro que a Igreja tem e que os bispos latino-americanos, significativamente, definiram como uma espiritualidade, uma mística”, declarou, na homilia da celebração, na Praça de São Pedro.
O Papa convidou os presentes a serem uma “presença ativa na comunidade”, particularmente junto dos mais necessitados, e a estarem “em profunda comunhão” com a Igreja.
“Cada cristão e cada comunidade é missionária na medida em que transmite e vive o Evangelho e testemunha o amor de Deus por todos, especialmente por quem se encontra em dificuldade. Sede missionários do amor e da ternura de Deus”, apelou.
Francisco destacou a importância das irmandades e confrarias ao longo dos séculos como “uma forja de santidade para muitas pessoas” e deixou um desafio aos participantes neste encontro mundial, iniciado na sexta-feira: “Não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo”.
O Papa recordou que as irmandades são uma realidade com “grande tradição” na Igreja, que foi objeto de “renovação e redescoberta” nos últimos tempos.
“Nesta Praça [de São Pedro], vejo uma grande variedade de cores e de sinais. Assim é a Igreja: uma grande riqueza e variedade de expressões em que tudo é reconduzido à unidade, ao encontro com Cristo”, realçou.
Neste contexto, evocou a experiência das primeiras comunidades cristãs, nas quais “as dificuldades foram superadas, não fora, mas dentro da Igreja”.
O Papa gracejou com a chuva que caía sobre Roma e disse que as milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro eram “corajosas” por ali estarem.
A homilia sublinhou a dimensão missionária das manifestações populares que procuram “manter viva a relação entre a fé e as culturas dos povos” envolvendo “os sentidos, os sentimentos, os símbolos” dessas mesmas culturas.
A Praça de São Pedro estava decorada com crucifixos e estandartes das diversas irmandades e confrarias, vindas sobretudo da Itália, Espanha, França, Irlanda, Polónia e Malta.
No início da celebração, o presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, D. Rino Fisichella, dirigiu uma saudação ao Papa e a todos os presentes, na qual destacou o papel das irmandades junto dos “pobres, abandonados, sofredores, marginalizados”.
OC
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