19/07/2013

Trabalhadores cristãos descobrem sinais de «luta e ação»

 A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) de Braga promoveu um inquérito na diocese sobre as consequências da crise e o comportamento das populações e concluiu que “as pessoas continuam a reagir com luta e esperança”.

Num comunicado enviado hoje à agência ECCLESIA, a LOC/MTC afirma que as iniciativas e as soluções apresentadas por 20 grupos da região mostram que, apesar das “muitas dificuldades”, estão surgir “sinais de luta e de ação” por parte dos trabalhadores.
As conclusões enviadas à equipa diocesana do movimento de trabalhadores cristãos mostra que existem sinais de “esperança amadurecida na vida dos militantes da LOC/MTC”, diferente quando comparada com a generalidade dos trabalhadores onde “a crise tenta abafar os sinais de esperança que resistem”.
A LOC/MTC de Braga promoveu, na última semana de junho e na primeira de julho, um estudo dedicada à “crise como tempo de esperança e oportunidade”, a que responderam 20 grupos com o envio do resultado das reflexões à equipa diocesana.
“As situações reais apresentadas provam que a população não está parada e que desenvolve uma luta constante pela sobrevivência, por encontrar alternativas de emprego, passando, nalguns casos, pela criação do seu próprio posto de trabalho e pela resistência em não aceitar ‘ofertas indecorosas de indemnizações fraudulentas’ para abandonar o posto de trabalho, sofrendo várias represálias por parte de algumas entidades patronais”, refere o comunicado da equipa diocesana da LOC/MTC.
Os dirigentes da diocese de Braga do movimento de trabalhadores cristãos afirma que a análise dos grupos de base mostra que “a situação está a mudar o comportamento das pessoas” levando-as “a aceitar e a valorizar a dignidade de qualquer tipo de trabalho, desde o varredor de rua até ao médico” porque “a dignidade do trabalho vai além da profissão”.
O estudo realizado mostra que, diante do desemprego, procuram-se alternativas no “recurso à emigração”, na opção pelas “hortas sociais ou urbanas” que introduziram “um novo conceito de sobrevivência e partilha entre famílias” e também na procura de soluções através de “encontros informais de alguns habitantes nos locais de residência”.
Os trabalhadores cristãos de Braga afirmam a necessidade de não divulgar apenas “realidades negativas”, mas também “boas ações” para que sejam capazes de “atrair outros trabalhadores para o método utilizado pela LOC/MTC que ajuda adquirir uma nova dimensão da vida a partir do ‘Ver, Julgar e Agir’”.
A LOC/MTC é um Movimento Nacional, que teve a sua origem nos primeiros Círculos Católicos de Operários, a partir de 1912.
Em 1936, com a criação da Ação Católica Portuguesa, aquela estrutura transforma-se na Liga Operária Católica, em representação do setor operário adulto do meio trabalhador.
A LOC/MTC nasce da fusão de dois Movimentos, a LOC Feminina, fundada em Portugal em 5 de maio de 1936, e da LOC Masculina, fundada a 12 de dezembro do mesmo ano e, para além de uma coordenaçãonacional, tem equipas coordenadoras em todas as dioceses de Portugal.
 PR

Agência Ecclesia

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