Santo Ignácio de Loyola: compromisso com a educação humanística.
Redação Dom Total
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Nesta sexta-feira (27), celebram-se os 473 anos da fundação da Companhia de Jesus, ordem religiosa fundada por Santo Ignácio de Loyola que é responsável por levar educação e conhecimento para várias partes do mundo e hoje conta com mais de 20 mil membros em 123 países. Entre seus membros, está Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, o primeiro jesuíta eleito pontífice da História.
Apesar de ter sido criada por Ignácio de Loyola e outros seis estudantes em 15 de agosto de 1534, foi em 27 de setembro de 1540 que a ordem recebeu autorização do Papa III, por meio da Bula “Regimini Militantis Ecclesiae”.
O objetivo principal da Companhia de Jesus era ajudar a Igreja na sua reforma interna, principalmente no que tange aos aspectos morais e espirituais do clero. Assim, Inácio buscou trazer para o contexto eclesial do início da modernidade, através da sua mais significativa obra, os Exercícios Espirituais, um verdadeiro guia de aprofundamento da vida espiritual como base para a superação dos graves problemas morais que assolavam o clero. Também buscou oferecer, por meio do ensino religioso dirigido, uma maior formação dos cristãos, tendo dirigido sua atividade em duas grandes frentes: a educação e uma espiritualidade profunda. No princípio, sua atuação esteve restrita a países europeus, com a fundação de escolas, liceus e seminários. Com a colonização das Américas, no entanto, a ordem jesuíta ganhou território e importância mundial.
Durante séculos de História, os jesuítas se destacaram por sua atuação na área da educação. No Brasil, foram inclusive dois padres jesuítas, Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, que fundaram a cidade de São Paulo, em 1554. Missões jesuíticas também se estabeleceram na Região Sul do país, alfabetizando índios e os batizando na fé católica, entre tantas outras obras significativas.
Em seu livro “O Povo Brasileiro”, o sociólogo Darcy Ribeiro ressalta a importância que os jesuítas tiveram para a defesa dos povos indígenas, à revelia da Coroa Portuguesa. A estrita obediência dos jesuítas a seus superiores, ignorando os desmandos do rei português, levou inclusive à expulsão da companhia do território brasileiro, pelo Marquês de Pombal, em 1759.
A qualidade e excelência de sua pedagogia favoreceu a expansão de seus liceus e colégios. Atualmente, existem cerca de 200 centros de educação e pesquisa superior jesuítas no mundo, entre eles a Escola Superior Dom Helder Câmara.
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