Fábio Luís Pereira, de 42 anos, era de Limeira e morreu sob guindaste.
Vizinhos relataram que paixão pelo alvinegro se estendia a toda família.
Vizinhos de Fábio Luís Pereira, de 42 anos, que morreu nesta quarta-feira (27) em acidente nas obras da Arena Corinthians, em São Paulo (SP), relataram que o operador de caminhão, que vivia com a mulher e três filhas em Limeira (SP), era torcedor do Corinthians e se orgulhava em trabalhar na construção da futura casa do time de futebol.
A queda de três estruturas metálicas do complexo resultou em duas mortes: a de Pereira e de Ronaldo Oliveira Santos, de 44 anos, também funcionário. As estruturas foram atingidas por um guindaste que estava colocando a última treliça, de 500 toneladas, sobre o prédio. O estádio teria de ser entregue até o fim deste ano.
Muito abalados com a morte, os parentes dele não quiseram dar entrevista ao G1 nesta quarta-feira. A casa da família fica no bairro Gustavo Picinini. "Eu estava cochilando depois do almoço quando ouvi a movimentação na casa. Ainda não consigo acreditar no que aconteceu", disse a vizinha Neide Antunes, de 43 anos. Ela contou que toda a família torce para o Corinthians. "As filhas dele são torcedoras fanáticas. Domingo nós estávamos juntos e falamos sobre o trabalho. Ele se orgulhava muito de estar lá", disse Neide.
Aldeli dos Santos, de 57 anos, dono de um bar próximo à casa de Pereira, contou que o motorista era frequentador do estabelecimento. "Ele veio aqui no último domingo com um amigo, tomou uma cachaça e comprou um pote de pimenta. Sempre foi muito gente boa conosco, acenava quando passava de caminhão para trabalhar", relatou o comerciante.
Um parente de Pereira, que atendeu a reportagem pelo portão da casa da família, informou apenas que a empresa BHM Transportes, de Limeira, que presta serviços a Odebrecht, construtora responsável pelas obras, está prestando o auxílio necessário. A data de velório e enterro ainda não foi definida.
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A BHM Transportes relatou que representantes da empresa foram até a casa da família para avisar a esposa sobre a morte. A seguradora da BHM cuida da parte de reconhecimento do corpo e tudo indica que o velório e enterro devem ocorrer em Limeira.
Amigos de Pereira, que estavam com ele durante a queda do guindaste, informaram que o motorista estava dormindo dentro do caminhão no momento do acidente, ocorrido no final da manhã. Esse, inclusive, seria um dos hábitos dos funcionários da Arena do Corinthians, que descansavam logo após o almoço.
Pereira morava em um alojamento da empresa que trabalhava. Durante a semana ele ficava emSão Paulo e costumava passar os finais de semana em Limeira. O cargo dele, de acordo com a empresa, era operador de munck.
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