O Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeu (MTCE) pede o fim da política de austeridade que «está a destruir a Europa», com efeitos prejudicais para os cidadãos. Numa declaração sobre as eleições europeias de 22 a 25 de maio, os trabalhadores cristãos indicam que o «desemprego jovem, sobretudo nos países mais afetados pela crise, alcançou proporções dramáticas».
Para os membros do MTCE, a crise levou «a uma notável perda de confiança na política europeia, o que afeta em grande parte o próprio projeto europeu». «O desemprego, a precariedade laboral e os baixos salários representam um grande desafio», consideram. Na mesma declaração, intitulada «Trabalho, pão e dignidade - Queremos e merecemos uma Europa melhor», os elementos do MTCE referem que é percetível «um aumento da desintegração social».
Além disso, «a desigualdade social entre os países membros, e no interior deles, está a crescer», destacam, num documento divulgado esta terça-feira, 13 de maio. «É escandaloso que os ricos sejam os beneficiados da crise e se tornem ainda mais ricos, enquanto os pobres são cada vez mais numerosos» referem os trabalhadores cristãos europeus na declaração enviada à agência Ecclesia.
Como a Europa se encontra «numa encruzilhada», o MTCE alerta que o «modelo neoliberal atualmente vigente deve ser mudado para um modelo social europeu, que combine os aspetos ambientais e sociais com os demais». Os trabalhadores cristãos solicitam ainda à União Europeia que declare o domingo «como dia semanal de descanso laboral para todos os cidadãos e cidadãs europeus, para proteger a sua saúde e garantir um melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida privada e familiar».
Fátima Missionária
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