O aumento do tráfico de produtos de fauna e flora em todo o mundo levou o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC na sigla em inglês) a adotar o Programa Global de Combate aos Crimes Florestais e Vida Selvagem. O plano será implementado nos próximos quatro anos. Desta forma, o UNODC vai ajudar os governos na prevenção e no combate a esses tipos de crime a nível regional e nacional.
O Programa Global de Combate aos Crimes Florestais e Vida Selvagem «é um reconhecimento de que responder a essas ameaças deixou de ser apenas uma questão simplesmente de conservação», aponta a Rádio das Nações Unidas. O UNODC alerta que a quantidade de tigres no mundo caiu de, aproximadamente, 100 mil há um século, para 3 mil, atualmente, um número que «continua a diminuir porque 110 felinos, em média, são mortos todos os anos».
Por sua vez, também a população de rinocerontes está ameaçada já que três das cinco espécies do animal estão na lista de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza. Na África do Sul, que abriga 90 por cento da população de rinocerontes, mais de mil animais foram mortos no último ano. A agência da ONU calcula que em todo o continente africano mais de 20 mil elefantes são mortos todos os anos devido ao marfim. O UNODC alerta ainda outras formas de crime na região, como fraude, lavagem de dinheiro e corrupção.
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