24/05/2014

Terra Santa: Visita à Jordânia com olhar sobre a Síria

Primeiro dia da viagem papal inclui jantar com refugiados e Missa para milhares de pessoas em Amã

Lusa | Papa Francisco e o o príncipe Ghazi bin Mhammad
Lisboa, 24 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco cumpre hoje na Jordânia a etapa inicial da sua primeira viagem à Terra Santa, num dia que inclui encontros com refugiados sírios e uma Missa para milhares de pessoas em Amã.
O Papa não teve qualquer cerimónia de boas-vindas no aeroporto internacional, onde foi recebido por uma delegação de líderes civis e religiosos, encontrando-se depois com o príncipe Ghazi bin Mhammad, conhecido pelo seu compromisso no diálogo inter-religioso.
Francisco segue depois para o Palácio Real de Amã, onde decorre a “visita de cortesia” ao Rei da Jordânia e o encontro com as autoridades locais.
Por volta das 15h30 (menos duas em Lisboa) está prevista a chegada ao Estádio Internacional de Amã, que o Papa vai percorrer num automóvel descoberto, antes da Missa, na qual vão fazer a Primeira Comunhão 1400 crianças.
O dia vai concluir-se com uma visita ao local do Batismo de Jesus, junto ao Rio Jordão, na margem jordana, pelas 19h00, onde decorrerá o encontro com refugiados sírios e jovens com deficiência.
Francisco vai abençoar a água, à imagem do que fez Paulo VI em 1964, naquela que foi a primeira viagem de um Papa moderno à Terra Santa.
Em seguida, o Papa Francisco vai regressar a Amã, e jantar com refugiados da Síria e um grupo de pobres da comunidade local, ficando alojado na nunciatura apostólica (embaixada da Santa Sé).
Segundo o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais (Santa Sé), "o encontro com os refugiados mostrará que a Igreja está ao lado daqueles que mais sofrem e representará um apelo ao mundo inteiro para uma ajuda concreta a estas pessoas”.
O Papa recebeu em abril o rei Abdullah II, da Jordânia, num encontro centrado na “colaboração no compromisso pela paz e o diálogo inter-religioso”.
No Reino Hachemita da Jordânia há cerca de 250 mil cristãos jordanos e palestinos, para além de dezenas de milhares de trabalhadores migrantes cristãos da Ásia e da África e refugiados da Síria e do Iraque.
Os católicos estão distribuídos em 80 mil fiéis do rito latino (rito romano), a que se somam aproximadamente 50 mil trabalhadores migrantes; 32 mil católicos do rito grego; pequenas comunidades do rito maronita, arménio e sírio, bem como milhares de caldeus do Iraque.
OC

Agência Ecclesia

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