A Companhia de Jesus vive um momento de festa em Portugal com a ordenação de seis novos sacerdotes jesuítas, que vão responder a vários campos de missão, como refere o superior provincial.
“É um momento de alegria para nós, por acaso este ano coincidiu serem seis, mas mais do que o número, é a alegria pelo reconhecimento de que há novos jesuítas que vão ficando prontos para assumir novas missões”, refere à Agência ECCLESIA o padre José Frazão Correia.
A celebração das ordenações sacerdotais de João Goulão, Carlos Carvalho, Gonçalo Machado, Pedro Cameira, Paulo Duarte e Frederico Cardoso Lemos decorreu este sábado, na Sé Nova de Coimbra, sob a presidência do bispo da diocese.
Na homilia da Missa, concelebrada por dezenas de jesuítas portugueses e estrangeiros, D. Virgílio Antunes desafiou os novos padres a fazer da sua vida “caminho de encontro com Cristo”, reservando um “lugar muito especial os pobres e os pecadores, todos os que se vêm abatidos pela dureza da vida, pelo peso da consciência, pela ausência de amor e, por isso, mais necessitados de sentir a presença alegre e amiga de Deus e dos homens”.
“Procurai ser cristãos e padres à maneira de Santo Inácio, a alma seduzida pela alegria da Boa Nova de Jesus Cristo e pelo apelo imperioso a evangelizar”, acrescentou.
Para o provincial dos Jesuítas em Portugal, aquilo que é pedido a estes sacerdotes é uma “grande entrega”, com o “desejo de servir o Evangelho onde quer que a missão leve cada um”.
“Hoje fala-se de fronteiras, quais são os campos de missão que o momento presente nos pede para que o Evangelho se torne uma boa palavra, uma boa nova para este tempo. O desejo de entrega ao Evangelho precisa de ser encarnado num momento que pede discernimento dos lugares, dos modos onde e como estar presentes”, observa o padre José Frazão Correia.
O padre João Goulão, um dos recém-ordenados, revela à Agência ECCLESIA que a sua vocação cresceu em Lisboa, no contacto com o trabalho dos jesuítas.
“Comecei a fazer uma experiência de Deus mais forte, na minha vida, e isso foi muito importante, ter conhecido o modo de rezar dos jesuítas, o seu modo de estar, como falam de Deus”, recorda.
Já o padre Paulo Duarte, natural de Portimão, foi comissário de bordo antes de sentir o chamamento ao sacerdócio, depois de aos 15 anos ter começado “uma caminhada de relação com Deus”, por causa da morte de uma amiga, com as questões que se lhe seguiram.
O contacto com os jesuítas “mexeu” consigo e descobriu que tinha de se “despedir” de uma companhia para “entrar noutra Companhia”.
“Deus atrai, cada vez mais sinto que é preciso estar atento ao que ele vai dizendo. Para mim, Deus é o Deus da surpresa, da novidade”, acrescenta.
JCP/OC
Agência Ecclesia
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