A Igreja Ortodoxa Russa apelou a todas as pessoas envolvidas no abate do Boing 777 da Malaysia Airlines, no dia 17 de julho para que falem “toda a verdade”.
“Seria justo se os comandantes de todos os sistemas de mísseis que estavam na área em 17 de julho falassem toda a verdade sobre o que fizeram e o que viram; que dissessem a todos, a Deus e ao povo”, declarou o arcipreste Vsevolod Chaplin, chefe do Departamento Sinodal para as relações entre Igreja e sociedade, citado pela agência russa Interfax.
Para o representante do Patriarcado de Moscovo, os envolvidos não terão nada a esconder caso não tenham feito “nada de mal”, mas se mataram “centenas de pessoas inocentes” é melhor “admiti-lo”.
“Se estas pessoas não fizeram nada de mal, não devem ter nada para esconder. Se, pelo contrário, cometeram o pecado mortal de matar centenas de pessoas inocentes, é melhor admiti-lo do que carregar o grave peso desta culpa na alma”, afirmou o reverendo Vsevolod Chaplin.
No dia da festa do ícone da Virgem de Kazan, em 20 de julho, três dias depois da tragédia do voo MH17, o patriarca Kirill, da Igreja Ortodoxa Russa, convidou os fiéis “a rezar com particular força para evitar o risco de uma grande guerra”.
De acordo com a Rádio Vaticano, o patriarca Kirill rezou na Catedral dedicada a Nossa Senhora de Kazan, na Praça Vermelha, “pela salvação da Rússia e de toda a Rússia histórica [conceito que compreende a Ucrânia e a Bielorrúsia, ndr] e pelo fim da guerra interna na Ucrânia, que é utilizada de modo terrível por forças externas que têm objetivos diferentes daqueles que hoje são proclamados”.
O boing 777 da Malaysia Airlines realizava o voo regular entre Amsterdão e Kuala Lumpur, no dia 17 de julho, quando foi abatido no leste da Ucrânia, provocando a morte das 298 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação.
RV/PR
Agência Ecclesia
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