O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, lançou um alerta sobre a falta de recursos para socorrer as vítimas da guerra civil na Síria. Segundo a ONU, a crise está se tornando o maior deslocamento de pessoas em todo o mundo.
Em comunicado, o chefe do Acnur, António Guterres, disse que a falta de verbas pode resultar em terríveis consequências para os refugiados e também em instabilidade de toda a região.
Na última sexta-feira, o Acnur divulgou uma atualização do apelo feito para o Plano Regional de Resposta à Síria. Foram pedidos US$ 3,7 bilhões, equivalentes a mais de R$ 8,5 bilhões. Mas apenas cerca de um terço deste total foi entregue até agora.
A ajuda deve financiar programas para refugiados em países como Egito, Líbano, Iraque, Jordânia, Turquia e Síria.
Guterres falou ainda sobre o conflito no Iraque e os movimentos constantes de refugiados, o que segundo ele têm implicações nas questões humanitária e de segurança.
Até o momento, o Acnur recebeu cerca de US$ 1,1 bilhão para o plano de resposta. A agência da ONU estima que até o fim deste ano, 3,6 milhões de refugiados estejam vivendo na região.
O Acnur acredita que o risco de violência para meninas e mulheres possa aumentar com a falta de verba assim como os índices de má nutrição por causa da redução do número de rações.
Um outro problema é a superlotação das escolas nos países vizinhos. Mais de 350 mil crianças sírias estão matriculadas em colégios da região. Doenças como diarreia, poliomielite e outras infecções causadas por água contaminada também preocupam as agências humanitárias.
Segundo o Acnur, 100 mil refugiados chegam todos os meses aos países vizinhos da Síria para fugir da violência e da guerra.
(BF/Rádio ONU)
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/07/07/onu_alerta_para_falta_de_verbas_para_socorrer_refugiados_s%C3%ADrios/bra-811754
do site da Rádio Vaticano
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