27/08/2014

Em maratona hacker, Facebook escolherá startups brasileiras para acelerar

por Helton Gomes

Experimento manipulou feed de notícias para verificar alterações no comportamento de usuários

Quando o Facebook comprou o WhatsApp, a piada que corria pela internet era a de que, se resolvesse adquirir alguma fabricante de colchões, Mark Zuckerberg deteria todas as empresas presentes na vida do brasileiro. Exagero, mas mostra que o brasileiro curte o Facebook. E agora a rede social quer mostrar que também curte o que o brasileiro faz – se você acha que o Zuckerberg vai dividir a fortuna dele contigo, pare de ler esse post agora.
O fato é que o Facebook percebeu que dentre as mais de 200 empresas -- 218, para ser exato -- que usam a plataforma em algum serviço, apenas 7 são brasileiras (Veja abaixo quais são elas). Fazendo uma conta de padeiro, quer dizer que apenas 3,5% das parceiras do Facebook são brasileiras -- isso enquanto a população tupiniquim na rede (89 milhões) chega a 6,7% do total.
O que a rede social quer agora é ajudar mais startups brasileiras a se tornarem parceiras para criarem sistemas que atendam a necessidades locais. O nome técnico para essas empresas é Desenvolvedores Preferenciais de Marketing (PMD, na sigla em inglês). Para que recebam essa chancela, o Facebook vai acelerar algumas startups brasileiras.
O vestibular para nove empresas iniciantes começa nesta quarta-feira (27) e dura até sexta (29), na sede da empresa em São Paulo. A prova? Uma hackaton (maratona de desenvolvimento), similar às que o Facebook promove nos Estados Unidos e às que a rede usava para recrutar funcionários. Durante os encontros, os empreendedores terão que solucionar problemas utilizando linguagem de programação.
As selecionadas receberão orientação de engenheiros e executivos do Facebook nos meses seguintes. Esse programa de aceleração é o primeiro que a empresa conduz na América Latina. De acordo com a companhia, foi a procura de empresas brasileiras que motivou o lançamento do projeto.
Veja abaixo quais são as empresas brasileiras que já atuam com o Facebook:
55social
A companhia dá a agências uma caixa de ferramenta de mídias sociais, contendo publicador de conteúdo e criador de aplicativos interativos, para que melhorem performance de suas campanhas na rede. Entre os clientes estão a FILA, SulAmérica Seguros, a Livraria Cultura e a Editora Leya.
Bornlogic
A empresa simplifica a criação e a análise de campanhas no Facebook. Os pacotes são assinaturas mensais de ferramentas gerenciadas pelos próprios contratantes ou recursos administrados pela Bornlogic. Já atende o restaurante Coco Bambu.
EzLike
Especialista em ferramentas que parametrizam a dimensão de uma campanha e controlam o alcance de anúncios feitos na rede social. Trabalha para, entre outras, Americanas.com, Ogilvy e Level Up.
Dito
A empresa mineira desenvolve aplicações que rodam na rede social. Ao passo que as pessoas usam seus programas, a startup vai reunindo informações para que as marcas contratantes entendam como se comportam seus consumidores. O Flamengo e a Tim foram algumas das atendidas.
RIOT
A agência digital tem uma estratégia multi-plataforma, em que não só os smartphones, tablets, videogames e smart TVs são espaços para mostrar marcas, mas também o Facebook. Habib’s, L’Oréal Paris e PepsiCo são algumas das empresas que recorreram aos serviços da RIOT.
Superare
Por meio de sua plataforma, a Argos4.me, a Superare fornece às empresas informações sobre seus consumidores, para que se comuniquem melhor com eles. Multiplus, Dafiti, Netshoes e Mercado Livre são algumas dessas companhias.
W3M Labs
O negócio da W3W Labs é cuidar das páginas de marcas e celebridades, o que inclui a criação de promoções e de conteúdo que gerem comoção entre os usuários. Submarino, Hooters e Estrela são alguns dos clientes.

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