Foi a maravilha do nosso batismo que partilhou connosco a santidade de Deus. Ficamos nesse momento consagrados no seu amor e dedicados ao amor ao próximo. E através dos dias da nossa vida, primeiro nos braços da nossa mãezinha, e depois na escola e pelo caminho da vida além, como membros de Cristo na Igreja fomos marchando para o Monte das Bem-aventuranças que leva direitinho ao Banquete das Núpcias do Cordeiro no Céu para todo o sempre.
É verdade, nem tudo foi Roda dos Cavalinhos. O nosso inimigo figadal, satanás, a nossa fraqueza de feridos pelo pecado original e uma quantidade enorme de agentes na terra da grande serpente tornou-nos o caminho da santidade penoso. Quantos dos nossos irmãos e irmãs inscritos no rol dos eleitos lá estão no Templo Celeste do Senhor a pedir por nós. terra, purgatório e céu: eis as três moradas de toda a santa grei – moradas temporárias as da terra e do purgatório, permanente e sem fim a da Casa do Pai no Céu. Lá estará connosco o nosso Salvador, o Filho Unigénito de Deus, a Santíssima Mãe da Igreja e de cada um de nós Maria – uma família totalmente feliz por toda a eternidade. Deve a nossa vida ser um agradecimento contínuo à Santíssima Trindade por tudo o que Deus fez: criação, santificação e salvação. Em frente, rumo ao Céu!
Fiéis defuntos, dia da memória
«Porque teimais em procurar entre os mortos Aquele que está vivo?», perguntaram às mulheres as Anjos da vida no Domingo da Ressurreição do Senhor Jesus. Ele próprio dissera aos seus apóstolos – para nós também: vou preparar-vos um lugar na Casa do Pai, e depois virei novamente, e hei de levar-vos para junto de mim, a fim de que, onde eu estou, aí estejais também vós (cf João 14,3). E Paulo ajunta na Carta aos Tessalonicenses: «Os mortos em Cristo ressurgirão primeiro. Em seguida nós, os vivos, seremos arrebatados juntamente com eles para irmos ao encontro do Senhor, e assim estaremos sempre com o Senhor» (1 Tess 4,17).
E a morte é simplesmente voltar ao amor do Pai onde fomos concebidos ainda antes de sermos concebidos no seio da nossa mãe. Por isso, a morte é uma porta que se abre para a eternidade. É bom pensarmos na herança dos nossos mortos, a herança das suas convicções em Cristo durante a vida na terra, das suas atitudes e da sua capacidade de arrepiar caminho, de sempre dizer depois do negativo: «Agora recomeço».
Para Deus, somos todos estrelas de primeira grandeza, a quem Ele disse já no Antigo Testamento: «Tu és precioso(a) aos meus olhos, chamei-te pelo teu nome e te amo» (Isaías 43,4.1). E para nós, é hoje o Grande Dia da Memória, e é ao mesmo tempo ocasião para vermos a que ponto nos encontramos no caminho da santidade, no caminho para a Casa do Pai do Céu, onde Ele enxugará todas as nossas lágrimas, onde não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor» (Apocalipse 21,4). Que frases divinas maravilhosas para as partilharmos com os outros.
Fátima Missionária
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