Mães de Michael Brown e Eric Garner agradeceram apoio em Washington.
Manifestação também atraiu milhares às ruas de Nova York no sábado (13).
Milhares de pessoas se reuniram em Washington e Nova York para protestar contra as mortes de negros desarmados pela polícia norte-americana.
Lesley McSpadden, mãe do jovem Michael Brown, morto por um policial em Ferguson, participou da manifestação em Washington, assim como o diretor de cinema Spike Lee. “Que mar de gente”, disse McSpadden à multidão. “Se eles verem isso e não fizerem nenhuma mudança, então não sei o que precisamos fazer. Obrigada por me apoiarem”.
A mãe de outro negro morto por um policial que foi inocentado, Eric Garner, também agradeceu. “É tão confortante ver que todos vocês vieram nos acompanhar hoje. Olhe para esta massa. Brancos, negros, todas as raças, todas as religiões… Precisamos nos unir assim todas as vezes”.
O protesto na capital dos EUA teve ainda a presença das famílias de Akai Gurley, que foi morto pela polícia de Nova York, e de Trayvon Martin, morto por um vigia na Flórida em 2012.
Em Nova York, a agência Reuters diz que a marcha teve o objetivo de reanimar os manifestantes que arrefeceram após o grande júri ter se negado a indiciar o policial que matou Garner com um golpe conhecido como “mata-leão”, segundo os organizadores.
“É temporada de negros agora”, afirmou em comunicado a co-organizadora da marcha de Nova York, Umaara Elliott, referindo-se ao hábito norte-americano de caçar. “Então exigimos que alguma ação seja tomada em todos os níveis de governo, para assegurar que essas mortes racistas pela polícia finalmente cessem.”
“Precisamos mais do que apenas palavras, precisamos ações legislativas que mudem as coisas nos livros e nas ruas”, afirmou em comunicado o líder de direitos civis Reverendo Al Sharpton, da Aliança pela Ação Nacional.
Sharpton afirmou que o Congresso precisa aprovar uma legislação que permita que promotores federais assumam casos envolvendo a polícia. Segundo ele, há um conflito de interesses quando promotores locais, que trabalham com a polícia regularmente, investigam os próprios colegas.
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